Brueckner não foi interrogado mas Madeleine “está morta”
Polícia alemã não tem provas suficientes. mas acredita que a matou.
O Ministério Público alemão revelou esta segunda-feira que Christian Brueckner ainda não foi interrogado sobre o caso Maddie. Apesar disso é mantida a certeza de que ele "matou a criança" inglesa, que tinha 3 anos quando desapareceu, a 3 de maio de 2007, de um apartamento turístico da Praia da Luz, no Algarve.
Hans Christian Wolters, procurador em Brunevique, cidade alemã onde está centrada a investigação a Brueckner, disse ainda que o homem - que esteve radicado em Portugal entre 1995 e 2007 - terá feito "mais vítimas" além de Maddie.
A prova relacionada com o caso da menina inglesa é, para já, "circunstancial", o que não permite avançar com a formalização das suspeitas e um interrogatório judicial. O mesmo já havia sido afirmado em Portugal pelo diretor nacional adjunto da PJ, Carlos Farinha.
A não formalização das suspeições está ainda relacionada com a lei alemã, que tal como a portuguesa prevê que as defesas dos arguidos tenham acesso a boa parte das provas. E as autoridades da Alemanha não querem que o advogado de Brueckner comece já a preparar uma defesa.
O suspeito está atualmente preso numa cadeia em Kiel, no norte da Alemanha, a cumprir pena por tráfico de droga. Foi, em dezembro, condenado a 7 anos de prisão pela violação de uma turista norte-americana na Praia da Luz, em 2005. Mas essa pena ainda não transitou em julgado porque Christian Brueckner, de 43 anos, tem um recurso na Justiça alemã. Diz que foi extraditado de Itália com um mandado de detenção europeu para cumprir a pena por tráfico e, por isso, não pode ser preso pela violação. Cumpriu no domingo 2/3 da pena e pode pedir a libertação. Terá sido isso a fazer a polícia alemã divulgar as suspeitas.
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