Camionista atropela motard em protesto dos "coletes amarelos"
Português foi agredido por manifestantes até ser detido em estação de serviço.
Um grupo de motards do movimento ‘coletes amarelos’ – protestam contra o aumento dos combustíveis em França – fazia uma marcha lenta numa estrada de Toulon, no domingo. Até que pela berma passou um camião português a alta velocidade.
Moveram-lhe perseguição, mas o motorista continuou a marcha. Ao ponto de ter colhido um motard, que sofreu diversos ferimentos. O camionista – português – acabou detido pouco depois num parque de camiões. Toda a ação foi filmada por vários motards revoltados.
Nas imagens vê-se a viatura pesada de uma empresa sedeada na zona de Sintra a passar pela berma, perseguida por várias motos de alta cilindrada dos protestantes. Mais tarde, é possível ver um motard caído no chão, a vários metros da moto que conduzia. É prontamente assistido por outros colegas.
Já o condutor, com cerca de 50 anos, apenas parou alguns quilómetros mais à frente, numa estação de serviço em que existe um parque de estacionamento para viaturas pesadas. O camionista português terá sido violentamente agredido até ao momento em que chegou a polícia.
Já num segundo vídeo, vê-se o condutor com as mãos algemadas à frente, com um ar visivelmente assustado, rodeado por polícias e motards.
Segundo alguns relatos, um dos motards terá ultrapassado o camionista e meteu-se à frente de modo a que este parasse o veículo pesado. Tal não aconteceu e o motard acabou por ser atingido, caindo na estrada. Numa fotografia veem-se mesmo os danos do embate no centro da dianteira da viatura pesada.
PORMENORES
Sem apoio
A secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas disse ontem ao CM que não recebeu qualquer pedido de apoio relativo à detenção de um camionista em Toulon.
Em liberdade
O condutor do camião passou uma noite detido e foi presente a tribunal no dia seguinte – segunda-feira. Foi ouvido por um juiz e vai aguardar o desenrolar do processo em liberdade.
Vinha de Itália
O camionista já se encontrava de regresso a terras portuguesas. Na viatura trazia mercadoria variada para Portugal, que carregou em Itália. A viatura, entretanto, já foi libertada pelas autoridades francesas.
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