Condenada a 20 anos por matar o marido
Amante condenado a 19 anos e meio no Tribunal de São João Novo, no Porto.
Uma mulher acusada de matar o marido foi esta quarta-feira condenada a vinte anos de cadeia no Tribunal de São João Novo, no Porto. Para o amante, cúmplice no crime, a pena foi de dezanove anos e meio.
Marlene Carvalho, de 37 anos, estudou com o amante, Hélder Semana, de 42, várias hipóteses para matar o marido, José Fernando, de 41. Pensou em atropelá-lo ou dar-lhe um tiro. Concluíram que a melhor forma seria drogá-lo com comprimidos e depois queimar o corpo. Acusados de homicídio qualificado e profanação de cadáver, os amantes confessaram tudo em tribunal.
"Se não fosse pela minha filha, eu não tinha feito uma coisa destas. Queria ficar com ela e com o Hélder. Não me queria divorciar", disse Marlene, admitindo a premeditação do crime, que teve lugar a 13 de setembro de 2013, em Gondomar.
"Sou culpado"
Antes, Marlene já tinha testado o efeito que os ansiolíticos provocavam em José Fernando. Numa das vezes deu-lhe leite e noutra um iogurte – a vítima estranhou sempre o sabor. Após sedar o marido, com seis comprimidos que colocou no molho de uma francesinha – e que misturou com picante para a vítima não sentir o sabor –, Marlene e Hélder tentaram amarrar as mãos e os pés da vítima. Porém, o homem reagiu e a arguida pegou numa almofada e asfixiou o companheiro até à morte.
Depois, levaram o corpo para uma oficina, onde já estava um monte de lenha pronto para o queimar. Mais tarde, atiraram o cadáver de um penhasco. "Estraguei a vida dessa família. Sou culpado. Só queríamos ficar juntos. Ela não se queria divorciar porque a família não aceitaria", referiu Hélder Semana.
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