Condenado a nove anos por atirar ácido a jovem

Arguido, de 45 anos, foi considerado culpado de homicídio qualificado na forma tentada. Caso ocorreu em Alvor, Portimão.

07 de julho de 2018 às 09:25
Eleanor sofreu queimaduras em 60 % do corpo e ficou desfigurada Foto: Direitos Reservados
Eleanor Chessell sofreu queimaduras graves na cara e no corpo Foto: Direitos Reservados
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Ataque ocorreu em Alvor, em maio de 2017 Foto: Direitos Reservados

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Edmundo Fonseca, de 45 anos, manteve-se impávido enquanto ouvia, ontem à tarde, no Tribunal de Portimão, a sentença que o condenava a nove anos de prisão por ter lançado ácido contra a britânica Eleanor Chessel, de 29 anos, a mando do ex-namorado da vítima.

O arguido, da Madeira, respondia por homicídio qualificado na forma tentada e o coletivo deu como provado todo o conteúdo da acusação. A vítima sofreu queimaduras, em cerca de 60 por cento do corpo, e ficou bastante desfigurada.

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O coletivo não deu credibilidade às afirmações do arguido, que afirmou em tribunal pensar tratar-se de urina, e não de ácido, o líquido que estava na garrafa que lançou contra a vítima. Mas Edmundo confessou parcialmente os factos, nomeadamente que agiu a mando do ex-namorado de Eleanor, Cláudio Gouveia, de 34 anos, o qual já foi condenado à pena de 12 anos de prisão, num processo separado. O crime ocorreu na noite de 6 de maio de 2017, em Alvor.

O arguido disse não querer matar a jovem e que até hesitou em atirar-lhe o ácido. Afirmações a que o tribunal também não deu credibilidade. E até o pedido de desculpas que ele fez à jovem, na altura do crime, só serviu para a fazer "levantar a cabeça".

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PORMENORES

Criminoso fugiu do país

Após ter lançado o ácido contra Eleanor Chessel, em Alvor, Edmundo Fonseca pôs-se em fuga e até abandonou o País. Foi detido num aeroporto, na Bélgica, um dia antes do início do julgamento do mandante do crime. Antes estivera no Uganda.

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Defesa vai recorrer

A defesa do arguido, que tinha pedido a sua condenação apenas pelo crime de ofensas à integridade física qualificada, por não ter tido intenção de matar - versão que o coletivo não aceitou - disse, ao CM, que vai recorrer da sentença, por considerar a pena excessiva.

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