Decapitador da Baixa de Lisboa tenta fugir aos guardas prisionais
Jonathan Uno estava a ser transportado para realizar uma diligência para aferir a imputabilidade. Regressou à cadeia.
Jonathan Uno, o estudante universitário de engenharia, de 29 anos, que matou à facada e decapitou um homem de 34, guineense, no início de agosto na Baixa de Lisboa, tentou esta quinta-feira fugir aos sete guardas prisionais que o transportavam da cadeia anexa à PJ de Lisboa para o Instituto Nacional de Medicina Legal (INML), onde iria uma fazer uma perícia psiquiátrica - a sua defesa estará a lutar pela inimputabilidade do suspeito.
Segundo apurou o CM junto de fonte prisional, Uno foi colocado numa carrinha prisional escoltado por sete elemento do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP), a elite da Guarda Prisional que cuida dos reclusos mais perigosos. Nos dois quilómetros que separam a cadeia anexa à PJ do INML, o detido foi "agitado e aos gritos e pontapés à carrinha".
Assim que a porta foi aberta, tentou fugir a pé mesmo algemado. Foi travado por um guarda, manietado e colocado de novo na carrinha. Regressou ao estabelecimento prisional sem ter feito a diligência.
Frederico morais, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, felicitou o trabalho do GISP nas escoltas e a segurança que o mesmo dá ao serviço.
Jonathan Uno deu dezenas de facadas na vítima, Mussa Baldé. O nigeriano transportava na mochila uma faca de cozinha. Foi com ela que cometeu o crime e depois separou a cabeça da vítima do corpo, colocando-a nessa mochila.
Levou a cabeça para casa e cuidou dela. Lavou-a e colocou-o na congelador. No dia seguinte foi ao hospital de São José entregá-la e foi detido.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt