Dinheiro e droga embrulhados em meias chegam a cadeia em Matosinhos

Para a Direção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), a situação deve-se ao excesso de baixas dos guardas.

11 de setembro de 2018 às 08:30
Cadeia de Custóias, em Matosinhos Foto: Rui Oliveira
prisão, grades, cela, mãos Foto: Getty Images

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Em dois dias consecutivos (quinta e sexta-feira passadas), foram arremessados dois embrulhos com droga, dinheiro, e carregadores de telemóvel, para dentro do Estabelecimento Prisional do Porto, em Custoias, Matosinhos.

Para a Direção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), a situação deve-se ao excesso de baixas dos guardas.

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Para o sindicato desta classe profissional, a causa do problema passa pelo novo horário de trabalho, que levou mesmo à desativação das torres de vigia da prisão.

O primeiro embrulho, envolto em meias, foi encontrado num espaço entre o muro exterior e a zona prisional. Um guarda prisional recolheu-o e constatou que o mesmo tinha 100 euros, e uma pequena quantidade de haxixe.

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Apenas 24 horas depois, um guarda-prisional reformado surpreendeu um casal a fazer novo arremesso para dentro da cadeia de Custóias.

A tentativa foi falhada, já que o embrulho (novamente envolvido em meias), ficou preso numa parcela de rede laminada.

Removido o objeto, percebeu-se que continha também haxixe e ainda dois carregadores de telemóveis.

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Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, denuncia que as torres de vigia da cadeia de Custóias estão desativadas, "devido à falta de guardas".

Já a DGSP defende que a vigilância prisional "não se esgota no trabalho feito nas torres". "A afetação de recursos humanos a este trabalho tem estado condicionada pela elevada taxa de baixas médicas", refere fonte oficial.

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