E depois do F-16? Milhares de milhões para defender o céu

Ministros, embaixadores e empresas multiplicam as missões de charme para venderem o sucessor do caça da Força Aérea Portuguesa.

05 de outubro de 2025 às 01:30
Base aérea de monte real, caças f-16 Foto: João Matias
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É das ‘guerras’ que nos últimos meses mais mexem com as Forças Armadas Portuguesas. Não envolve soldados. Mas há trincheiras figuradas; e a contagem de espingardas na grandeza dos milhares de milhões de euros. A substituição do caça de defesa aérea F-16, na Força Aérea desde 1994 e que em áreas que garantem a sobrevivência dos pilotos já tem uma asa na obsolescência, tem mobilizado a vinda de ministros estrangeiros a Portugal, visitas de embaixadores e ações de charme de empresas. Estados Unidos da América, Suécia e França já se posicionaram. Prometem todos o mesmo: o melhor aparelho e as melhores vantagens para a Força Aérea, indústrias e universidades portuguesas.

E depois do F-16? Milhares de milhões para defender o céu

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A Força Aérea fez saber, ao longo dos últimos anos, que apenas admitia que o F-16 fosse sucedido pelo seu substituto natural, o F-35, da mesma fabricante, e de todos em pista o único que pertence à 5.ª geração e tem capacidade furtiva. Todos os outros são da geração 4,5. Mas a decisão - que será sempre política e, como se sabe, muitas vezes deixa de lado a razão - ainda não foi tomada. O F-16 é usado por Portugal para a sua defesa aérea, bem como em missões da NATO de policiamento no Báltico.