Escola de Loures encerrada devido a greve de trabalhadores não docentes
Trabalhadores manifestam-se contra a falta de pessoal e o "desgaste laboral".
A escola secundária António Carvalho Figueiredo, em Loures, está esta quinta-feira encerrada devido à greve dos trabalhadores não docentes, que se manifestam contra a falta de pessoal e o "desgaste laboral".
Neste estabelecimento de ensino, situado na cidade de Loures, distrito de Lisboa, estão atualmente ao serviço 16 trabalhadores não docentes para um universo de 1300 alunos, segundo explicou à agência Lusa Francelina Pereira, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas.
"Estamos a falar de uma escola secundária muito grande e que se encontra numa situação gritante. Estamos no início do ano letivo e o desgaste já é muito grande. Os trabalhadores já não aguentam esta situação", apontou.
A sindicalista referiu que dos 1300 alunos que estudam nesta escola, 55 têm necessidades educativas especiais, sendo que desses quatro têm necessidade de um acompanhamento permanente.
"É uma situação insustentável. A escola tem 20 assistentes operacionais, mas só 16 estão ao serviço e quatro preparam-se para se reformar. Isto não pode continuar", insistiu.
Junto ao portão de entrada do estabelecimento escolar concentraram-se funcionários, professores, alunos e alguns encarregados de educação.
No entanto, Francelina Pereira lamentou que ninguém da direção da escola se tenha dirigido ao local onde decorria o protesto para "manifestar a sua solidariedade".
Entretanto, numa nota enviada à Lusa, fonte do Ministério da Educação referiu apenas que "de acordo com as informações prestadas pela escola à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), o rácio de assistentes operacionais está cumprido, estando apenas um funcionário ausente, devido a baixa médica.
Por seu turno, o vereador com o pelouro da área da Educação na Câmara Municipal de Loures, Gonçalo Caroço, classificou a situação vivida naquela escola de "gritante" e defendeu uma intervenção por parte do Ministério da Educação, no sentido de reforçar o número de assistentes operacionais.
O autarca alertou ainda para situações similares de "rotura" noutras escolas do concelho e referiu que a autarquia está a realizar um levantamento das situações "mais graves", quer a nível da falta de recursos humanos, quer de necessidades de obra, para apresentar à tutela.
A Lusa tentou, sem sucesso, contactar a direção da escola.
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