Sindicatos anunciaram greves às reuniões, incluindo às de avaliação ao longo do primeiro período. Reivindicam a recuperação integral do tempo de serviço.
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O braço de ferro entre o Governo e os professores parece não ter fim à vista, depois de os docentes terem ameaçado com mais formas de luta. Em cima da mesa estão greves às reuniões, incluindo às de avaliação, ao longo do primeiro período do ano letivo, podendo alargar-se para os seguintes.
A revelação foi feita no final de uma manifestação, em Lisboa, que juntou cerca de 20 mil docentes (dados da PSP), provenientes de várias partes do País. O protesto marcou o Dia Mundial do Professor e o fim de quatro dias de greve nacional, realizada por regiões. Em causa está a recuperação total do tempo de serviço congelado - nove anos, quatro meses e dois dias. Na quinta-feira, o Governo aprovou um decreto-lei que estabelece que os docentes vão recuperar dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço efetuado. O diploma é contestado pelas organizações sindicais.
Ao CM, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, considerou a atitude do Governo "provocatória" e anunciou ainda que a plataforma sindical vai recorrer "à via jurídica, quer em representação coletiva e abstrata dos docentes, quer apoiando os que decidirem avançar a título individual" em tribunais nacionais.
Os sindicatos anunciaram também uma queixa contra o Governo junto da Organização Internacional do Trabalho, assim como da Unesco, por "desrespeito por direitos laborais e profissionais dos docentes, incumprimento de compromisso e violação da lei da negociação".
Segundo Mário Nogueira, a partir do dia 15 de outubro, os professores irão cumprir "escrupulosamente" o horário de trabalho. Para o dia em que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, for à Assembleia da República discutir o Orçamento do Estado, está prevista uma concentração de professores. Feito o anúncio, o secretário-geral da Fenprof pediu a aprovação dos professores às novas formas de luta. Os docentes aplaudiram-no.
Marcelo disponível para reunir com os professores
Cerca de meia centena de professores concentrou-se esta sexta-feira na praça do Município, em Lisboa, onde decorriam as comemorações do 5 de Outubro.
Assim que terminaram os discursos do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, os docentes gritaram palavras de ordem. "O tempo é para contar, não para apagar" e "nove anos, quatro meses e dois dias", foram as frases proferidas pelos manifestantes, que se fizeram acompanhar de cartazes em que pediam ao Presidente da República ‘respeito’. O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, pediu que fosse marcada uma reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, para lhe explicar as razões para que o decreto-lei - que prevê a recuperação de apenas um terço do tempo de serviço congelado - não seja promulgado.
Antes de sair da praça do Município, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se aos professores e mostrou disponibilidade para o encontro. "É uma questão agora de se marcar", disse.
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