Filho tenta manipular cena do crime: O que se sabe sobre a morte da vereadora da Câmara de Vagos

Corpo apresentava graves ferimentos na cabeça e encontrava-se tapado dos pés à cabeça com uma manta. Marido encontrou a vereadora em paragem cardiorrespiratória.

Atualizado a 23 de outubro de 2025 às 11:09
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O filho de 14 anos da vereadora da Câmara de Vagos, encontrada morta em casa na terça-feira, é o suspeito do crime e foi identificado pelas autoridades. Após ter sido levado ao tribunal de Família e Menores de Aveiro, pela suspeita do crime de homicídio qualificado, o menor viu-lhe ser decretada a medida preventiva de internamento em regime fechado. A medida irá vigorar durante três meses, no final desse período, haverá uma reavaliação que poderá levar à mudança da medida.

Susana Gravato, vereadora do PSD, foi encontrada pelo marido em paragem cardiorrespiratória, na residência de ambos, na Rua Parque de Campismo, na Vagueira. O caso foi comunicado à Polícia Judiciária, devido ao cenário de violência encontrado. O filho utilizou a arma do pai, que já foi apreendida, para realizar o crime.

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Ao que o CM conseguiu apurar, Susana Gravato encontrava-se ao telefone com uma amiga, funcionária da autarquia, quando, de repente, disse “ai” e se fez silêncio. A amiga tentou restabelecer o diálogo, ligando de novo, mas Susana já não atendeu. Depois de alertado, o marido encontrou Susana e ligou para o 112, tendo ainda tentado realizar manobras de reanimação. 

O adolescente de 14 anos admitiu ter fugido com a arma depois de assassinar a mãe. Quando saiu, voltou a deixar as câmaras destapadas. O menor foi para casa de um amigo até à PJ o localizar e acabou por revelar onde se encontrava a arma. 

A fechadura da porta de casa não estava forçada, o que não faria sentido no cenário de assalto que o filho tentou implementar.

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Segundo comunicado da PJ enviado à agência Lusa, sobre o menor recaem "fortes indícios da prática de um crime de homicídio qualificado, que vitimou a sua mãe", ocorrido na tarde de terça-feira, na Gafanha da Vagueira, onde a vereadora morava.

"A vítima foi atingida por um disparo de arma de fogo, quando se encontrava no interior da sua casa", disse a PJ.

De acordo com o comunicado, nas diligências realizadas, "foi possível identificar e recolher vários indícios de prova e recuperar a arma de fogo utilizada, que pertence ao pai do menor".

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O filho da vereadora será agora presente a primeiro interrogatório judicial na Comarca de Aveiro, acrescentou.

Susana Gravato tinha 49 anos e desde os seis que residia na Vagueira, freguesia da Gafanha da Boa-Hora, concelho de Vagos. Era licenciada em Direito e exercia Advocacia desde 2005. 

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