Fogos só consumiram 290 hectares no Algarve
Entre janeiro e outubro de 2016 tinha ardido um total de 5800 hectares na região.
A região do Algarve registou mais incêndios florestais desde o início do ano do que no mesmo período do ano passado, mas teve uma área ardida consideravelmente menor. A quase metade da totalidade dos hectares ardidos correspondem a apenas duas ocorrências, em Tavira e Loulé.
Os 365 incêndios registados nas fases de perigo Alfa, Bravo, Charlie e Delta, que decorreram entre 1 de janeiro e 31 de outubro deste ano, foram muito superiores aos 271 no mesmo período em 2016. A resposta eficaz dos bombeiros terá sido fundamental para reduzir em muito a área ardida: dos 5801 hectares ardidos durante o ano passado, passou-se para apenas 290 hectares em 2017. "Apenas nove dos incêndios não foram dominados no ataque inicial, ou seja, nos primeiros 90 minutos", realçou Vítor Vaz Pinto, comandante distrital da Proteção Civil.
Dois desses incêndios que não foram prontamente dominados, na zona da Conceição, em Tavira, e no Ludo, em Loulé, corresponderam a cerca de metade da área total ardida, com 140 hectares destruídos.
Loulé (93), Silves (82) e Faro (65) foram os municípios com mais fogos, enquanto Portimão se junta a Loulé e Tavira como os três concelhos com maior área ardida.
"Estes números fazem desta a região que teve menor área ardida no país. São resultados excelentes", diz Vaz Pinto.
PORMENORES
Financiamento
A Comunidade Intermunicipal do Algarve reforçou o financiamento aos bombeiros para 344 mil euros, o que permitiu acrescentar 15 euros por dia aos 45 já suportados pela Proteção Civil, levando a que cada bombeiro auferisse 60 euros por cada 24 horas de trabalho.
Vigilância
Foram percorridos, pelas equipas de sapadores florestais, equipas municipais, vigilantes do ICNF e Exército, um total de 234 quilómetros, em 18 mil horas de patrulhamento.
Meios aéreos
Os meios aéreos de ataque inicial foram utilizados em 290 missões e as Brigadas de Combate a Incêndios estiveram em 65 missões.
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