Quatro mortos, um resgatado e um desaparecido: Tudo o que se sabe sobre a trágica queda de um helicóptero no Douro
Aeronave transportava cinco elementos da Unidade de Emergência Proteção e Socorro da GNR.
Um helicóptero de combate a incêndios com seis pessoas a bordo caiu, esta sexta-feira, no rio Douro, em Samodães, Lamego. A aeronave transportava cinco militares da Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS) da GNR e encontra-se submersa. Quatro militares morreram e um está desaparecido. O piloto foi resgatado com vida por uma embarcação turística com uma fratura nos membros inferiores, confirmaram as autoridades.
Ao que o CM conseguiu apurar, trata-se de um piloto civil, de 44 anos, natural da região de Trás-os-Montes. Dois militares da GNR estavam encarcerados no helicóptero submerso e outros dois foram encontrados junto à cauda da aeronave para jusante da posição onde ela caiu. Os quatro corpos já foram recuperados do rio. Três das vítimas mortais têm idades entre os 29 e 45 anos e são de Lamego.
A marinha confirmou a morte de quatro pessoas e ainda um desaparecimento. As buscas terminaram por volta das 21h, sendo que, durante a noite, será mantida a vigilância na área.
Polícia Marítima abre investigação
A Polícia Marítima indicou que será aberta uma investigação à queda da aeronave.
O piloto do helicóptero está estável e sob observação médica, não correndo aparentemente risco de vida, confirmou fonte hospitalar.
Como tudo aconteceu
O acidente ocorreu quando o helicóptero regressava do combate a um incêndio em Baião.
"Às 12h36 de hoje, 30 de agosto, enquanto participava nas operações de combate ao incêndio rural que lavra em Gestaçô, em Baião, o helicóptero ligeiro de combate a incêndio rurais, com o indicativo operacional H16, sofreu um acidente, obrigando à amaragem do meio aéreo no rio Douro, próximo da localidade de Samodães", detalhou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (AENPC).
O helicóptero acidentado, do modelo AS350 - Écureuil, é um ligeiro de ataque inicial a incêndio, operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, no Algarve, mas a operar a partir do centro de meios de Armamar.
Helicóptero partiu-se em dois
O helicóptero partiu-se em duas partes e os corpos de dois militares foram localizados junto à cauda da aeronave, disse o comandante da Zona Marítima do Norte, Silva Lampreia
"A aeronave partiu-se em duas partes e os outros dois [ocupantes que ainda não tinham sido detetados] foram encontrados junto à cauda da aeronave para jusante da posição onde ela caiu", explicou o comandante da Marinha, num ponto de situação à comunicação social feito pelas 19h00.
Dos cinco militares da Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS) da GNR que estavam dentro do helicóptero acidentado falta localizar um. Dois deles foram encontrados dentro do aeronave e, os outros dois junto à cauda do aparelho.
No local estiveram 122 operacionais apoiados por 29 veículos e três meios aéreos. Uma equipa de mergulhadores também foi ao local. Há também drones envolvidos para tentar encontrar o desaparecido.
Montenegro e Marcelo no local
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi ao local do acidente e entrou numa embarcação para se dirigir ao helicóptero submerso.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cancelou a visita que tinha previsto a São João da Pesqueira e deslocou-se ao local da queda do helicóptero no rio Douro, revelou aquela Câmara Municipal. Marcelo Rebelo de Sousa, além da visita à Vindouro, tinha ainda previsto um encontro com viticultores do Douro.
Desconhecem-se para já, as causas do acidente.
Fonte Gabinete de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) disse à Lusa que ia enviar uma equipa para o local e iniciar as investigações ao acidente.
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