Homem julgado por incendiar casa onde vivia com a mulher e o filho menor

Mãe da vítima afirma que esta vivia aterrorizada após várias ameaças do marido.

12 de dezembro de 2018 às 08:50
Homem julgado por incendiar casa onde vivia com a mulher e o filho menor Foto: Direitos Reservados
Tribunal de São João Novo, no Porto Foto: Lusa
Tribunal de São João Novo Foto: Rafaela Cadilhe

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Casada durante quatro anos, a mulher viveu um verdadeiro terror às mãos do marido. A mãe da vítima foi esta terça-feira ouvida pelos juízes do Tribunal de S. João Novo, no Porto, e relatou que a filha era constantemente ameaçada pelo companheiro - que está a ser julgado por violência doméstica e incêndio.

"Ele passava a vida a dizer-lhe: ‘Se tu me deixares ou saíres desta casa, isto aqui vai tudo pelos ares’. E assim foi. Dizia ainda que o filho de ambos não era dele", explicou a idosa em audiência.

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A situação mais grave aconteceu em abril deste ano quando o homem, completamente descontrolado, incendiou a casa de dois andares, em que ambos viviam com um filho menor, em Valbom, Gondomar, destruindo-a por completo.

Atuou quando não estava ninguém na habitação, lançando uma espécie de cocktail molotov para o pátio. O arguido, que está em prisão preventiva, terá atuado alcoolizado. "Ardeu tudo. Ela ficou super desgostosa", frisou ainda a mãe da vítima.

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Perante o coletivo de juízes foram ainda ouvidos dois amigos do arguido - que garantem que no dia do incêndio aquele esteve com eles num karaoke, em Zebreiros, Gondomar.

"Ele esteve lá a cantar uma música e também o vi a dançar", disse o amigo Pedro Henrique. Também a namorada deste explicou que o arguido esteve sempre naquele local a divertir-se.

"Tenho a certeza que ele esteve sempre lá e nunca saiu", contou Cátia Andreia.

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PORMENORES

Patrão ouvido pelos juízes

Antes de ser detido pela Polícia Judiciária, o arguido trabalhava como manobrador de máquinas. Os juízes também ouviram, ontem, o seu antigo patrão.

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"Trabalhou comigo durante 20 anos. Ele é do melhor que há a manobrar máquinas", disse.

Relação com outro homem

A relação começou em 2014 mas chegou ao fim no início deste ano. O homem passou a viver no primeiro andar da habitação e a mulher e o filho no rés do chão. Incendiou a moradia por achar que a mulher tinha uma relação com outro homem.

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Arguido negou os crimes

No início do julgamento, o arguido negou todos os crimes pelos quais está acusado. O processo diz que o homem ameaçava e agredia a companheira sempre que ingeria bebidas alcoólicas.

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