Mãe que afogou filho autista em Mirandela fica em silêncio em frente ao júri

Pai de vítima disse desconhecer episódios de violência.

02 de junho de 2021 às 08:32
Partilhar

A mulher que atirou para o poço e matou por afogamento o filho autista, Eduardo, de 17 anos, no ano passado, em Mirandela, começou esta terça-feira a ser julgada e decidiu remeter-se ao silêncio. 

Fátima Martinho, de 53 anos, está acusada do crime de homicídio qualificado. Quando questionada pelo tribunal de júri se pretendia prestar declarações, afirmou que estava disposta a falar durante o julgamento, “mas não agora”.

Pub

Durante a tarde, Gil Ruivo, pai da vítima, foi ouvido pelo tribunal e afirmou que não tinha conhecimento de episódios de violência protagonizados pelo filho. “Ela não me ligava, mas eu ligava muitas vezes. Se ela me tivesse ligado, nada disto tinha acontecido”, afiançou o pai. Gil Ruivo contou também que não via o filho desde o início do confinamento e que pagava uma pensão de 200 euros.Familiares da arguida alegam que o jovem se tornou agressivo com a mãe durante o confinamento.

O advogado de defesa pediu para que Fátima Martinho fosse julgada num tribunal de júri, ou seja, a decisão caberá a três juízes e quatro cidadãos.

Pub

O caso remonta 6 de julho de 2020 quando a arguida sedou o filho Eduardo e o conduziu até um poço, na aldeia de Cabanelas, onde o afogou.

Familiares da arguida alegam que o jovem se tornou agressivo com a mãe durante o confinamento.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar