Médico saca 670 mil euros a idosa
Clínico e a mulher, enfermeira reformada, acusados de desviarem fortuna de contas de tia.
Um médico, de 71 anos, da Figueira da Foz, e a mulher, enfermeira aposentada, de 69, são acusados de se terem apropriado indevidamente, ao longo de um ano e três meses, de mais de 670 mil euros de uma tia idosa. Vão ser julgados no Tribunal de Coimbra por abuso de confiança agravado e branqueamento.
Em causa, factos de junho de 2006 – quando a tia foi viver com o casal – a dezembro de 2007, já após a sua morte. Debilitada, a idosa, que morreu em setembro de 2007, dependia dos arguidos. Não controlava os movimentos das contas, sendo o sobrinho a gerir o seu património. Abriu contas bancárias tituladas pela tia e por ele, transferindo depois os montantes.
Para dissimular a proveniência do dinheiro, o casal terá feito transferências em cadeia e ocultado a origem através da subscrição de um produto financeiro.
O esquema foi detetado pela PJ, e o Ministério Público acusou-os. A acusação diz que o médico tentou afastar a tia de pessoas próximas durante o tempo em que viveu em sua casa e requer que, não havendo herdeiros, o dinheiro reverta para o Estado.
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