Número de feridos no incêndio de Monchique sobe para 39

Chamas começam a ceder mas risco ainda é elevado. Um dos feridos está em estado grave.

09 de agosto de 2018 às 09:46
2018-08-09_12_51_24 imgpsh_fullsize.jpg Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
2018-08-09_11_15_21 imgpsh_fullsize (1).jpg Foto: Pedro Nunes/Reuters
2018-08-09_10_04_47 16635329.JPG Foto: Lusa
Fogo de Monchique Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Combate às chamas em Monchique reforçado com operacionais e viaturas Foto: CMTV
Militares da GNR que combatem fogo em Monchique dormem no chão Foto: Direitos Reservados
Militares da GNR que combatem fogo em Monchique dormem no chão Foto: Direitos Reservados
Fogo em Monchique não dá tréguas a populares e bombeiros Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Fogo em Monchique não dá tréguas a populares e bombeiros Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Fogo em Monchique não dá tréguas a populares e bombeiros Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Fogo em Monchique não dá tréguas a populares e bombeiros Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Fogo em Monchique Foto: Lusa

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O grande incêndio de Monchique entrou esta quinta-feira no 7º dia com 1450 bombeiros, 470 veículos e dois meios aéreos. Ao início da noite, o número de feridos subiu para 39, um em estado grave, sendo que 21 dos quais são bombeiros, segundo avançou a 2.ª comandante operacional nacional da ANPC, Patrícia Gaspar, num novo balanço.

"Há um desagravamento do vento, mas o risco de incêndio continua elevado para esta sexta-feira. Houve pessoas que já regressaram espontaneamente para as suas habitações em Silves. O incêndio está globalmente estabilizado", sublinhou Patrícia Gaspar, esta quinta-feira à noite.

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O incêndio já queimou perto de 27 mil hectares, de acordo com a última atualização disponibilizada pelo Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais (EFFIS). O perímetro do incêndio de Monchique já ultrapassou os 100 quilómetros.  

Durante a tarde de quarta-feira, tal como a Proteção Civil previu, o fogo descontrolou-se devido aos ventos e acabou por atingir Silves. Mais de uma dezena de localidades foram evacuadas num total de cerca de 100 pessoas retiradas de suas casas. 

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FOTO: Lusa
O rasto de destruição deixado pelas chamas em Monchique
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O rasto de destruição deixado pelas chamas em Monchique
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O rasto de destruição deixado pelas chamas em Monchique
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O rasto de destruição deixado pelas chamas em Monchique
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O rasto de destruição deixado pelas chamas em Monchique
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O rasto de destruição deixado pelas chamas em Monchique
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O rasto de destruição deixado pelas chamas em Monchique
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O rasto de destruição deixado pelas chamas em Monchique
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O rasto de destruição deixado pelas chamas em Monchique

O perímetro do incêndio já atingiu os 100 quilómetros. A Proteção Civil atualizou ainda o número de feridos em 36, mantendo-se apenas um grave, dos quais 19 são bombeiros com ferimentos leves devido à exaustão, inalação de fumos e pequenos entorses.

O ferido grave é a idosa que foi transportada para o Hospital de São José, em Lisboa.

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"É um momento de grande stress para as pessoas. Entendam o nosso papel", afirma Patrícia Gaspar acrescentando que a salvaguarda das pessoas é prioridade. Cerca de 299 pessoas foram retiradas de casa com antecedência para prevenção. Estas pessoas estão distribuídas por centros de apoio em Portimão, a vila de Monchique e Marmelete (no mesmo concelho), Silves e São Bartolomeu de Messines.

"É fundamental que as pessoas sigam os conselhos das autoridades", vincou a comandante.

O incêndio poderá voltar a agravar-se, tal como aconteceu nos últimos dias devido às condições meteorológicas.

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"O nosso grande adversário é o vento", apontou a comandante admitindo a possibilidade de reativações esta tarde, apesar de estarem a ser efetuadas medidas de prevenção para que tal aconteça.

De acordo com o balanço da Proteção Civil, os meios aéreos vão ser reforçados ao longo do dia consoante necessidade.

Mais de 23 mil hectares destruídos

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De acordo com os dados europeus, no incêndio que começou em Perna da Negra (Monchique) tinham ardido até esta quinta-feira de manhã 23.478 hectares, mais de metade dos 41 mil que o fogo destruiu na mesma região em 2003, nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.

O fogo de Monchique (Algarve) já destruiu quatro vezes mais do que a área ardida este ano até 15 de julho (5.327 hectares).

Vento vai diminuir a partir de sábado

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O vento, que tem tido "bastante influência" na propagação do fogo no Algarve, deverá começar a diminuir a partir de sábado, disse à Lusa a meteorologista Joana Sanches, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

"O vento vai continuar a soprar com alguma intensidade durante o dia de hoje, principalmente durante a tarde, quer no litoral oeste, quer nas terras altas, prevendo-se que comece a diminuir a partir de sábado", disse Joana Sanches.

Os próximos dias deverão, no entanto, contar com temperaturas mais elevadas, mas a humidade relativa, que "também é um fator a ter em conta no risco de incêndio", vai baixar na sexta-feira e no sábado, principalmente na região sul.

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