Negócio de sexo com fachada de massagens julgado à porta fechada em Coimbra

Duas mulheres e um homem acusados de explorarem espaços em Coimbra, Figueira da Foz e Leiria, cobrando entre 60 a 150 euros.

24 de setembro de 2025 às 01:30
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Ficaram em silêncio perante o coletivo de juízes do Tribunal de Coimbra as duas mulheres, de 40 e 32 anos, acusadas de explorarem, em conjunto com outro arguido, um negócio de prostituição sob o disfarce de lojas de massagens. Só o homem, que é também acusado de lenocínio, prestou declarações, negando a prática dos factos.

O julgamento do caso está a decorrer à porta fechada por decisão do coletivo de juízes. Os três arguidos são acusados de manterem abertas quatro lojas - em Coimbra, Figueira da Foz e Leiria - que publicitavam atividades relacionadas com o bem-estar como massagens e estética, mas na realidade prestavam serviços sexuais a troco de dinheiro.

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Segundo o Ministério Público, os preços a cobrar aos clientes eram fixados pelos arguidos e oscilavam entre os 60 e os 150 euros, consoante o serviço solicitado pelo cliente. Se as massagistas se apresentassem de bata cobravam 60 euros. O valor subia para 80 euros sempre que usassem apenas lingerie. Quando as mulheres se apresentavam nuas e faziam “massagens de descompressão manual, que incluíam atos masturbatórios e/ou outras práticas sexuais, incluindo cópula”, os preços oscilavam entre os 120 e os 150 euros.

Os arguidos são acusados de terem iniciado esta atividade “sob o artifício de massagens” em 2018. Começaram por recrutar seis mulheres, as quais receberam formação ministrada pela arguida mais velha. O despacho refere que todas foram incentivadas a “praticar atos sexuais com os clientes, por forma a incrementarem os dividendos recebidos”.

As mulheres ficavam com 50% do valor cobrado aos clientes e entregavam o restante aos arguidos.

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