Novo relatório assume 65 mortos em Pedrógão
Proteção Civil arrasada: “Podia ter evitado mortes”.
O relatório do CEIF (Centro de Estudos dos Incêndios Florestais), ontem entregue ao Governo, assume que foram 65 os mortos no fogo de 17 de junho em Pedrógão Grande - até agora as publicações oficiais apenas referiam 64. A 65.ª vítima será Alzira Costa, atropelada a fugir às chamas.
O estudo coordenado por Xavier Viegas contraria ainda a versão da PJ de que as chamas tiveram início num raio. É sustentado que os fogos "terão sido causados [10 metros ao lado] por contactos entre a vegetação e uma linha elétrica de média tensão. Esta situação configura, em nossa opinião, uma deficiente gestão de combustíveis na faixa de proteção da linha, por parte da entidade gestora", a EDP. O relatório, tal como os restantes, arrasa a Proteção Civil.
"Meios disponíveis e o seu comandamento não se mostraram suficientes", "falta de perceção da sua importância, nos vários escalões de decisão", "reação tardia" e "poderiam ter evitado algumas mortes e muito sofrimento aos feridos, se este socorro tivesse sido mais pronto e melhor organizado", são expressões usadas.
O incêndio foi "uma autêntica tempestade de fogo".
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