Padrasto arguido pela morte de Rodrigo Lapa
Joaquim Lara Pinto apresentou atestado a dizer que sofre de perturbações mentais.
Foi com "satisfação" que Sérgio Lapa, pai de Rodrigo Lapa, recebeu a notícia de que Joaquim Lara Pinto foi constituído arguido, no Brasil, pelo homicídio do seu filho, em fevereiro do ano passado, em Portimão. O padrasto do jovem apresentou-se às autoridades, terça-feira, para ser ouvido no âmbito do processo.
"Esta diligência demorou 10 meses a ser cumprida mas irá permitir que se feche formalmente o inquérito", explicou ontem ao CM o advogado do pai de Rodrigo, Pedro Proença, que agora espera que a Justiça avance. "Se houver acusação, o processo será enviado para o Brasil e Joaquim Lara Pinto será julgado lá", acrescentou.
Pedro Proença referiu que o padrasto de Rodrigo se manteve "em silêncio" na inquirição, após comparecer na Polícia Federal brasileira. "O advogado [de Lara Pinto] apresentou um atestado médico a dizer que ele está a sofrer de perturbações mentais" e que "não pode dizer nada porque não se lembra de nada", adiantou Proença. Nas buscas à casa onde Lara Pinto mora, com os pais, no bairro do Tijucal, em Cuiabá, no Brasil, - para onde viajou no dia a seguir ao alerta para o desaparecimento de Rodrigo - foi apreendido o telemóvel que o arguido tinha na altura do crime.
Operação com a Judiciária
As autoridades brasileiras tinham desencadeado uma operação, com dois elementos da PJ portuguesa, terça-feira, para encontrar Lara Pinto.
Suspeito apresentou-se
O suspeito não estava em casa e acabaria depois por se apresentar às autoridades acompanhado por um advogado. Lara Pinto alega inocência.
Corpo junto a casa
Rodrigo desapareceu a 22 de fevereiro. O corpo viria a ser encontrado num terreno perto da casa onde vivia com a mãe e o padrasto, a 2 de março.
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