Passageiros revoltados com obras na Linha do Norte
Intervenção obriga a supressão de comboios, demora nos percursos e transbordo em autocarros após a meia-noite.
Comboios suprimidos no serviço regional noturno entre Porto e Lisboa, alternativas com autocarros que demoram uma hora de Campanhã, no Porto, à Granja, em Vila Nova de Gaia, e viagens a velocidade muito reduzida no urbano entre Porto e Aveiro.
São as queixas de passageiros da CP que viajam nos trajetos realizados já depois da meia-noite na Linha do Norte. Em causa estão as obras de modernização da sinalização na ferrovia, que decorrem no período noturno.
A CP reconhece "tempo de viagem bastante superior" quando há transbordo, mas nega atrasos significativos.
A intervenção está a cargo da Infraestruturas de Portugal. Questionada pelo CM, a entidade indica que a empreitada deverá prolongar-se "por alguns meses", sendo realizada "quando há menor fluxo de composições, de forma a minimizar o transtorno provocado".
"Isto é uma vergonha. Ainda na madrugada de quarta-feira, o urbano da meia-noite só chegou mais de 30 minutos depois porque, após a meia-noite, uma das linhas está interdita devido às obras. Depois, o comboio ia extremamente devagar e eu só cheguei à Granja já depois da 01h15", disse ao CM Jorge Sousa, passageiro que apanha comboio habitualmente na estação das Devesas, Vila Nova de Gaia.
Quanto à supressão do serviço regional, a CP indica que disponibiliza dois autocarros - um de ligação direta do Porto à Granja e outro com paragem nas estações e apeadeiros "para maior conforto dos clientes que fazem o maior percurso".
Outra das queixas é a falta de informação. A CP indica que há comunicados no site, nas estações e nas bilheteiras.
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