Quatro condenados por assaltos violentos no Algarve
Grupo atacava pessoas mais frágeis fisicamente e usava habitualmente violência extrema.
Espalharam terror durante o ano de 2017 em zonas mais isoladas dos concelhos de Faro, Olhão e São Brás de Alportel através de assaltos, muitas vezes violentos, que tinham como vítimas principais idosos, mulheres e até pessoas inválidas.
O julgamento, que decorreu no Tribunal de Faro, terminou esta segunda-feira, com dois dos quatro arguidos a serem condenados a penas de prisão efetiva e os outros a penas suspensas.
Álvaro Rocha e Filipe Sousa, considerados os cabecilhas do grupo - e que já estavam, desde o início do julgamento, em prisão preventiva - foram condenados a 8 anos e 6 meses e 5 anos e 2 meses de prisão efetiva, respetivamente.
Já os cúmplices, Paulo Rosa e Álvaro Severo, foram condenados a 4 anos e 2 anos e 8 meses, respetivamente, sendo que as penas de prisão ficam suspensas por esse período de tempo.
A "chocante violência desajustada" destes crimes já tinha sido apontada pelo procurador do Ministério Público na sessão de alegações finais, devido à fragilidade física dos ‘alvos’.
A maioria dos casos acontecia na via pública, através de roubos por esticão. Nestas situações, as vítimas ficavam frequentemente com ferimentos, não só por serem atiradas ao chão mas também porque eram agredidas com socos e pontapés, para serem forçadas a entregarem os pertences.
Chegou também a haver roubos em habitações, igualmente com recurso a violência física e ameaças com armas brancas.
Num caso roubaram um homem inválido que só se conseguia movimentar com recurso a uma cadeira de rodas elétrica.
PORMENORES
Roubo com faca
Num assalto a uma habitação, em São Brás de Alportel, os ladrões usaram uma faca para ameaçar um homem de 69 anos. Fugiram com dinheiro, relógios, cartões de multibanco e ainda uma caçadeira.
Idosa ferida
Num outro assalto, em Olhão, uma idosa de 84 anos teve de ser hospitalizada e ficou debilitada depois de os ladrões a atirarem ao chão enquanto lhe tiravam a carteira com apenas 4 euros no interior.
Culpa cocaína
Um dos arguidos - o único que falou na sessão das alegações finais - assumiu que na altura dos assaltos era consumidor de cocaína e disse que "não sabia o que estava a fazer".
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