Denúncia às 3 da manhã levou à captura de reclusos evadidos da prisão de Alcoentre

Os dois reclusos que se evadiram, na segunda-feira, no Estabelecimento Prisional de Alcoentre, no concelho da Azambuja, foram capturados esta terça-feira de manhã.

Os dois homens foram apanhados, pelas 6h40 desta terça-feira, sozinhos a uma distância de cinco minutos de carro da prisão de Alcoentre, em Espinheira.

Em comunicado é explicado que a partir do momento da fuga, as forças de segurança desenvolveram "um conjunto de diligências de recolha e troca de informação" assim como a "utilização de diversos mecanismos de vigilância", que após uma denúncia às 3h00, permitiram a detenção dos evadidos por parte dos militares do Posto Territorial de Aveiras.

Segundo apurou o CM junto de uma fonte oficial da GNR, os dois homens estão no posto de Aveiras e seguirão para a Prisão de Segurança Especial de Monsanto, em Lisboa, algo que ainda está a ser decidido.

"Foram capturados há minutos pela GNR", disse à Lusa fonte da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), cerca das 7h40. A mesma fonte remeteu qualquer outro esclarecimento para mais tarde.

Dois homens, de nacionalidade portuguesa, de 37 e 44 anos, fugiram pelas 18h20 de segunda-feira do Estabelecimento Prisional de Alcoentre.

Os dois reclusos encontram-se condenados pelos crimes de tráfico de estupefacientes e roubo, com penas de cinco anos e oito meses e de quatro anos e nove meses. 

Na segunda-feira, a DGRSP avançou que "internamente irá proceder-se a um processo de averiguações, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção, coordenado por magistrado do Ministério Público tendo em vista apurar as circunstâncias da ocorrência", realçou também.

A notícia da evasão dos dois reclusos foi avançada pelo jornal Correio da Manhã, que refere que o incidente ocorreu "na mesma zona da prisão onde aconteceu uma intrusão de um homem que arremessou telemóveis para o interior da cadeia".

O Jornal de Notícias escreve, esta terça-feira, que a fuga aconteceu numa zona em que a torre de vigia estava desativada e que os reclusos terão trepado o muro e usado uma corda de lençóis.

De acordo com o matutino, estavam ao serviço 15 guardas em vez dos habituais 30.