Taxistas: “Não há vitória sem luta e nós estamos firmes”
Protesto no Porto teve o seu ponto alto com a presença de 500 taxistas.
O cansaço provocado pelas duas noites a dormir no interior dos carros, e pelas constantes manifestações durante o dia, não demoveu os taxistas que se concentraram, ao terceiro dia de protesto, na avenida dos Aliados, no Porto.
Está previsto que lá se mantenham - assim como em Lisboa e Faro - pelo menos até segunda-feira, dia em que os representantes do setor são recebidos na Presidência da República.
"Não há vitórias sem luta. Continuamos firmes e concentrados. Precisamos que se abram verdadeiramente as portas do diálogo", referiu José Monteiro, vice-presidente da Antral. Na origem da manifestação - a primeira desde 2015 que se estende por mais de um dia - está a entrada em vigor da lei que regula plataformas como Uber e Cabify.
O Bloco de Esquerda, Os Verdes e o Partido Comunista já se mostraram disponíveis para rever a lei e o PCP entregou mesmo ontem no Parlamento um projeto para revogar o regime jurídico.
"O documento que o PCP entregou deixa-nos com expectativas que seja aprovado em Assembleia. É necessário que também o PSD o assine. A acontecer, tomamos outra decisão que não a manutenção do protesto", disse ainda José Monteiro, ontem à tarde, entre 500 taxistas no Porto. Horas depois, soube-se que o PSD não assinaria o documento, pelo que o protesto vai, então, estender-se ao fim de semana.
Os taxistas ocupam duas faixas de rodagem de cada sentido dos Aliados.
Ontem, juntaram-se 30 carros de Braga. Vão-se revezando nas idas a casa. A manifestação continua também em Faro e em Lisboa.
São 2000 os profissionais envolvidos.
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