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Taxistas do Porto: “Só saímos se a lei for suspensa ou chegar ao Constitucional”

Profissionais ficam em protesto até segunda-feira, dia em que o setor é recebido na Presidência da República.

21 de setembro de 2018 às 08:38

Ao segundo dia de manifestação, o número de taxistas em protesto na avenida dos Aliados, Porto, esta quinta-feira, subiu para os 400. De noite, mais de 120 profissionais dormiram no interior dos carros. Dizem que apenas uma decisão favorável e concreta por parte do Governo os fará desmobilizar. Estão irredutíveis contra a lei, que deverá entrar em vigor a 1 de novembro, e que regula as plataformas eletrónicas de transporte como Uber e Cabify.

"A noite não foi fácil. Já cá estou há 30 horas, mas vou estar mais 30 e mais 30 e mais quantas forem necessárias. Saímos quando a lei for suspensa ou quando chegar ao Tribunal Constitucional", disse a taxista Idalina Sousa.

Decidiram prolongar o protesto, depois de um primeiro dia sem incidentes, já que as negociações e promessas feitas no parlamento, na quarta-feira, são consideradas "insuficientes" e "não concretas".

As duas entidades representativas do setor do táxi vão ser recebidas na segunda-feira, às 15h00, na Presidência da República - Marcelo estará nesse dia em Nova Iorque. Até lá, a decisão é a de não arredar pé. "Temos de ir até ao fim, já chegámos até aqui e não é agora que vamos desistir", referiu Carlos Lima, vice-presidente da Federação Portuguesa do Táxi.

A "luta pela concorrência leal" começou em 2015 e este é já o quarto grande protesto contra as plataformas no Porto. Apenas este se prolongou para um segundo dia.

PORMENORES 

Ocupam quatro faixas

Cerca de 300 carros estiveram ontem estacionados na avenida dos Aliados, no Porto, a ocupar quatro faixas – duas em cada sentido – da via. O trânsito, que foi controlado pela PSP, fez-se de forma condicionada. Não se registaram incidentes.

Instalações sanitárias

Durante a reunião com Rui Moreira, quarta-feira, três representantes do setor pediram à autarquia instalações sanitárias na via para apoios logísticos à manifestação. O autarca mostrou-se solidário, mas o pedido não chegou a ser concedido.

Apelo à adesão

O vice-presidente da Antral apelou no Porto à mobilização de todos os taxistas do distrito e distritos vizinhos para que se juntassem ao protesto que começou às 06h00 de quarta-feira. A presença de profissionais vindos de Braga fez-se notar.

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