Vítimas das cheias esperam ainda por apoios prometidos

Foram apresentados cerca de 170 pedidos de apoio ao fundo de emergência, num valor de quase 5 milhões de euros.

06 de fevereiro de 2016 às 06:00
cheias, algarve, albufeira, apoios Foto: Miguel Veterano
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As vítimas das cheias de 1 de novembro, em Albufeira, ainda não receberam um cêntimo dos apoios prometidos pelo Estado. Foram apresentadas cerca de 170 candidaturas ao fundo de emergência por parte de comerciantes e particulares que perderam bens e não tinham seguros, num valor total de quase 5 milhões de euros.

"Os processos estão todos organizados. A nossa expectativa é que o Governo resolva rapidamente a situação e que faça justiça a estas pessoas, algumas das quais ficaram sem nada", salienta Carlos Silva e Sousa, presidente da Câmara de Albufeira.

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O autarca explica que foi realizada uma reunião com a estrutura da conta de emergência em novembro, ainda com o anterior Governo, e uma outra em dezembro, já com o atual. Para este mês, está prevista uma nova reunião para "avaliação dos processos e determinar quais os danos elegíveis".

Manuel Coelho, morador na avenida da Liberdade, é uma das vítimas das cheias que se candidatou ao fundo de emergência. Viu a casa ser invadida pela água e só se salvou "um esquentador e o relógio de parede", relata ao CM. O carro também ficou destruído. "Tive de o mandar abater e recebi a módica quantia de 22 euros", explica o lesado. "Está a fazer muita falta o dinheiro de apoio, mas receio que não venha a receber qualquer ajuda. Já passaram três meses e, até agora, não há qualquer afetado que, tanto quanto sei, tenha recebido um cêntimo de apoio", lamenta Manuel Coelho.

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No total, o temporal provocou prejuízos de mais de 21 milhões de euros em Albufeira. As seguradoras cobriram mais de 15 milhões, a câmara gastou cerca de 1 milhão na reparação das vias públicas e continuam por resolver os prejuízos de quase 5 milhões, que foram candidatos ao fundo de emergência.

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