VMER do Santa Maria falhou socorro ao acidente no Elevador da Glória porque ficou trancada por dentro
Chave suplente estava em Loulé.
A VMER do Hospital de Santa Maria falhou o socorro ao acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, porque estava trancada por dentro e a chave suplente estava em Loulé.
Assim que a tragédia aconteceu e foram dados os primeiros alertas, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, acionou as equipas de emergência médica do Hospital de São José e Santa Maria. No entanto, a equipa da VMER do Santa Maria socorria um incidente interno e, por isso, não foi de imediato para o local, descreve o Expresso.
Quando a equipa se preparava para responder à situação foi dado conta que a viatura estava trancada com a chave no interior. A chave suplente estava em Loulé, no Algarve.
A VMER estava a operar em Lisboa por empréstimo do Algarve, para substituir outra que estava em manutenção.
Sindicato quer inquérito sobre viatura médica impedida de prestar socorro
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar vai solicitar um inquérito para apurar as causas que impediram a mobilização da viatura de emergência médica do Hospital de Santa Maria para o acidente com o elevador da Glória.
"Solicitaremos de imediato ao presidente do INEM um inquérito para apurar as circunstâncias do sucedido", adiantou hoje o presidente do sindicato à Lusa, na sequência da notícia do Expresso que revela que a "viatura de emergência médica do Santa Maria ficou trancada por dentro e falhou o socorro ao acidente com o elevador da Glória", que ocorreu em 03 de setembro, em Lisboa.
"É inaceitável que um meio de emergência médica não acorra a uma emergência por inacessibilidade à chave da viatura", salientou o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).
Rui Lázaro adiantou que importa apurar se foi uma "avaria ou negligência que levou a que a viatura ficasse trancada com a chave lá dentro", mas também as razões de a chave suplente "não ter acompanhado a viatura para a base onde foi servir".
"A inexistência de procedimentos que visem impedir casos como este é negligenciar a resposta aos cidadãos, o que não podemos admitir", realçou o dirigente sindical.
Recorde-se que a tragédia em Lisboa fez 16 mortos e 23 feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.
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