A edição de hoje
Este ano foram mortas 22 mulheres que deixaram 32 crianças e jovens órfãos.
Seis mulheres assassinadas por filhos e netos
Seis das 22 mulheres assassinadas este ano em contexto doméstico foram-no por filhos ou netos, revela o relatório preliminar do Observatório de Mulheres Assassinadas. Nos últimos treze anos foram mortas pelo menos 454 mulheres no mesmo contexto, 30 delas pelos filhos ou netos. Hoje assinala-se o Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher.
De acordo com o relatório, a que o CM teve acesso, a idade média das vítimas tem vindo a aumentar. Metade das mulheres assassinadas este ano tem mais de 65 anos. Tendência espelhada nas mortas pelos filhos e netos: uma idosa de 88 anos (Funchal); Emília Alves, 87 (Póvoa do Lanhoso); Alice Cordeiro, 78 (Porto); Marília e Maria Cruz, 65 e 91 anos (Montemor-o-Velho); e Maria Monteiro, 77 anos (Maia). Os 22 homicídios deixaram, de acordo com o observatório da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), órfãos 32 crianças e jovens.
O número de mortes está a ser, este ano, menor do que nos anteriores - 29 em 2015; e 45 em 2014. É preciso recuar a 2007 para se encontrar um número semelhante (22 mortes). A maioria dos homicidas (42%) tem entre 51 e 64 anos.
PSP e GNR realizaram, desde o início do ano, 50 mil avaliações de risco de vítimas de violência doméstica. Estão ativos 1025 processos de teleassistência e, de janeiro a setembro, os tribunais aplicaram 423 proibições de contacto fiscalizadas por vigilância eletrónica. A 30 de setembro existiam 505 monitorizados por geolocalização.
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