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GNR baleado quer enfrentar Pedro Dias

Irmã conta ao CM que António Ferreira não esqueceu momentos de terror.

08 de outubro de 2017 às 01:30

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Fátima Espadilha conta ao CM que será muito difícil para o irmão regressar à GNR – que “era um sonho de criança” –, pelo trauma
Pedro Dias, Liliane Pinto, Justiça, juiz, Luís, Ministério Público, António Ferreira, ADN, Glock, Carlos Caetano, crime, lei e justiça, homicida, crime, Aguiar da Beira
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Pedro Dias
Fátima Espadilha conta ao CM que será muito difícil para o irmão regressar à GNR – que “era um sonho de criança” –, pelo trauma
Pedro Dias vai começar a ser julgado em janeiro por um crime de furto, no Tribunal de São Pedro do Sul
Fátima Espadilha conta ao CM que será muito difícil para o irmão regressar à GNR – que “era um sonho de criança” –, pelo trauma
Pedro Dias
Fátima Espadilha conta ao CM que será muito difícil para o irmão regressar à GNR – que “era um sonho de criança” –, pelo trauma
Pedro Dias está preso
Fátima Espadilha conta ao CM que será muito difícil para o irmão regressar à GNR – que “era um sonho de criança” –, pelo trauma
Fátima Espadilha conta ao CM que será muito difícil para o irmão regressar à GNR – que “era um sonho de criança” –, pelo trauma
Fátima Espadilha conta ao CM que será muito difícil para o irmão regressar à GNR – que “era um sonho de criança” –, pelo trauma
Pedro Dias vai começar a ser julgado em janeiro por um crime de furto, no Tribunal de São Pedro do Sul

António Ferreira, o militar que sobreviveu aos disparos de Pedro Dias, continua em casa, sem poder ir trabalhar, um ano depois do banho de sangue de Aguiar da Beira. Corre ainda risco de vida - a bala permanece alojada na coluna e os médicos não arriscam uma operação - mas garante estar cheio de força para enfrentar o julgamento do homicida. Fátima Espadilha, irmã do militar, fala em exclusivo ao CM para contar que o irmão quer testemunhar em tribunal, para que Pedro Dias seja condenado. O julgamento está marcado já para os primeiros dias de novembro.

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GNR baleado quer enfrentar Pedro Dias

"É fundamental para nós todos que se faça justiça. O meu irmão teve a serenidade de pedir ajuda, depois de ter sido baleado, e hoje é a única testemunha viva. Ele pode colocar Pedro Dias naquele local e vai estar em tribunal para recordar aquela maldita madrugada", afirma a familiar.

Fátima Espadilha recorda ainda os momentos vividos a 11 de outubro de 2016 (faz quarta-feira um ano que Pedro Dias matou três pessoas e feriu uma quarta). "O meu irmão sentiu tudo. O Pedro Dias baleou-o na cara e embora o corpo do meu irmão tivesse paralisado, ele até se apercebeu de que estava a ser tapado com folhas. Pensou naturalmente que ia morrer, achou que não tinha ali qualquer hipótese".

Para esta família, o tempo não apaga as feridas. Fátima diz que os pais continuam assustados, que o irmão dificilmente retomará a sua vida como ela era.

"Durante semanas, gritava pelo nome do Caetano [colega morto a tiro] e embora haja algumas melhoras continua a ter pesadelos. O que viveu foi muito marcante e será difícil voltar ao trabalho na GNR. O que para ele é especialmente traumatizante, porque tinha ido para a GNR por vocação. Era o sonho que ele tinha desde criança", conta.

"Aqueles olhos eram assassinos, sem compaixão" 

Fátima diz que o irmão fala frequentemente dos olhos. O olhar mortal de Pedro Dias, que o olhou nos olhos e disparou. "Ele diz que ele pode fazer uma plástica, mudar o rosto, mas nunca mudar o olhar. Aqueles olhos, nunca será possível esquecê-los. Eram assassinos, não revelavam compaixão".

Segurança máxima no julgamento

Está marcado para os primeiros dias de novembro, na Guarda. O julgamento de Pedro Dias será rodeado por elevadas medidas de segurança. A grande expectativa é saber se Pedro Dias irá falar, e caso o faça, se vai assumir os crimes pelos quais é acusado. Entre outros, de três homicídios.

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