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Autarca de Albufeira traído pelo coração

Carlos Silva e Sousa tinha 60 anos e morreu em casa após um ataque cardíaco.

24 de fevereiro de 2018 às 09:19

Aos 60 anos de idade, o coração traiu Carlos Silva e Sousa. O presidente da Câmara de Albufeira (CMA) morreu ao fim da noite de quinta-feira, em casa, depois de ter sido vítima de um ataque cardíaco fulminante.

O alerta foi dado cerca das 22h30 e durante cerca de uma hora os Bombeiros de Albufeira e o INEM procederam a manobras de reanimação, mas o óbito acabou por ser declarado no local.

A morte inesperada do autarca, que cumpria o segundo mandato à frente da autarquia, foi recebida com incredulidade e emoção por parte dos munícipes: "Estou em choque. Ele era muito boa pessoa. Não tenho palavras", referiu, emocionado, ao CM, Luís Vieira. "Estamos todos de luto. A morte do presidente apanhou-nos a todos de surpresa. Era uma pessoa muito humana, que vai deixar saudades", disse, por sua vez, Maria Isabel.

Durante o tempo em que esteve à frente da CMA, Carlos Silva e Sousa enfrentou uma das maiores catástrofes alguma vez registadas no concelho: as inundações de 1 de novembro de 2015, que causaram enormes danos na baixa da cidade. O plano de drenagem de Albufeira era, por isso, um dos seus grandes projetos.

Com a sua morte, a CMA passa a ser liderada pelo vice-presidente, José Carlos Rolo, que lamentou a morte do amigo e autarca: "foi com grande consternação que todos recebemos a notícia. Ele era um homem que gostava de viver. Era um grande entusiasta do Poder Local e o Algarve e o País ficam mais pobres".

Câmara decretou luto municipal durante três dias

Após as exéquias, marcadas para as 14h30, o cortejo fúnebre seguirá pela avenida dos Descobrimentos em direção à câmara municipal. Daí seguirá até ao Cemitério de Vale Pedras (Cemitério Novo), onde o corpo será sepultado.

PORMENORES 

"Maldito cigarro"

Vários autarcas lamentaram ontem a morte de Silva e Sousa. Em especial Francisco Amaral, que culpa o "maldito cigarro" pela morte prematura do amigo, que já lhe tinha comunicado a vontade de "deixar de fumar", porque se "sentia cansado".

Advogado e agricultor

Carlos Silva e Sousa era advogado e produtor de vinhos. Foi também deputado do PSD na Assembleia da República.

Última intervenção

Horas antes de morrer, Silva e Sousa tinha-se manifestado duramente contra a exploração de petróleo na costa algarvia, em união com outros autarcas.

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