Francisco Moita afirma que disparos não foram intencionais e ocorreram durante uma tentativa de recuperar a arma.
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O arguido que começou esta segunda-feira a ser julgado por homicídio, no Tribunal de Vila Real disse que os disparos que mataram um jovem, em Valpaços, não foram intencionais e ocorreram durante uma tentativa de recuperar a arma.
Francisco Moita de 27 anos é acusado pelo Ministério Público (MP) de ter disparado mortalmente contra Rui Lopes de 22 anos, a 15 de abril, e responde ainda por três crimes de homicídio na forma tentada, detenção de arma proibida e dano agravado.
O arguido disse ao coletivo de juízes que, naquela noite, comprou a arma antes de ir a um bar de Valpaços, onde foi acompanhado de um cunhado menor e que estava sob o efeito de droga.
Lá dentro, o menor envolveu-se numa discussão com outro jovem e o suspeito referiu que se meteu no meio e disparou "para o ar para assustar".
Já no exterior, confessou ter disparado mais três vezes "para o ar" e disse não saber se atingiu alguém.
Depois, contou que foi perseguido com um grupo de "cinco a seis pessoas" que lhe bateu e lhe tirou a arma, que não lhe foi devolvida, tendo entrado num carro que a vítima mandou parar com a arma na mão.
O arguido afirmou que tentou tirar-lhe a arma que, nesse momento, disparou duas vezes, atingindo mortalmente o estudante, no entanto, salientou que nunca teve "intenção de matar" e que se estava "a defender".
Esta tese contradiz o MP, que defende que foi o suspeito que começou uma "discussão sem motivo" com um cliente do estabelecimento, contra o qual disparou, provocando o pânico dentro do bar.
Já no exterior, segundo o MP, efetuou vários disparos tendo atingido e ferido dois jovens.
O MP diz ainda que houve, depois, um confronto físico entre o arguido, a vítima mortal e um colega e que foi esse colega que lhe tirou a arma, que, posteriormente, a devolveu sem o carregador e que, assustado com a chegada de familiares do arguido, também devolveu o carregador.
Já dentro de um carro, o arguido efetuou quatro disparos contra o estudante, que foi atingido mortalmente com dois tiros.
A família da vítima pede uma indemnização de 182 mil euros.
Depois do crime, o arguido pôs-se em fuga e foi detido cerca de um mês depois, na Figueira da Foz, pela Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real.
O suspeito, que está em prisão preventiva, chegou a tribunal escoltado pelo Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP) e foi visível o aparato policial junto ao edifício.
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