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Nem o "insignificante" caso do Jamaica perturba a viagem de Marcelo a Angola

Marcelo tenta esvaziar polémica: um estadista preocupa-se só com o importante.

06 de março de 2019 às 01:30
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Nem o 'insignificante' caso do Jamaica perturba a viagem de Marcelo a Angola

O tema era incontornável no arranque da visita de Estado que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, realiza a Angola: o pedido de desculpas que, afinal, não o foi sobre os incidentes no bairro da Jamaica, no Seixal. Recebido com passadeira vermelha e por algumas das mais altas entidades do Estado angolano, o Chefe de Estado quis evitar mais equívocos e esvaziar a polémica. O caso do ‘Jamaica’ é um mero "insignificante" que não abalará as relações entre os dois países.

A polémica estalou quando o ministro das Relações Externas de Angola afirmou, numa declaração em Luanda, ter ficado satisfeito pela "hombridade" do homólogo português em ligar- -lhe pedindo desculpas pelos incidentes que ocorreram no bairro Jamaica entre a PSP e alguns moradores de origem angolana. Augusto Santos Silva apressou-se a explicar que deu explicações a Manuel Augusto, mas nunca pediu desculpas sobre a atuação da PSP naquele bairro.

Logo após aterrar no aeroporto de Luanda, Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de dizer que chegava com um estado de espírito diferente a Angola, um ano e meio depois de ter estado na capital daquele país africano para a posse de João Lourenço: desta vez, segundo o próprio disse, aterrou cheio de "confiança".

Por isso, o Presidente da República afirmou não acreditar que o incidente diplomático entre os dois países – ou as duas versões de um pedido de desculpas – manche o trabalho de aproximação que já vinha sendo feito nos últimos meses.

"Tenho para mim, verdadeiramente, que o que neste momento é significativo não são os irritantes do passado nem os insignificante do presente, são os importantes do futuro", sublinhou o Chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou para adiantar uma explicação para o que afirmou, numa alusão indireta a uma anterior dissonância entre os dois Estados e que envolveu o antigo vice- -presidente de Angola, Manuel Vicente, sublinhando que "a diferença entre o político e o estadista é que o político prende-se aos irritantes e insignificantes e o estadista prende-se com os importantes".

Marcelo assiste a desfile de Carnaval

Porto e fotos são prenda do homólogo

Segundo apurou o CM, Marcelo Rebelo de Sousa fez uma compilação de fotografias dos momentos da visita de Estado de João Lourenço a Portugal e escolheu uma garrafa de vinho do Porto do ano de nascimento do presidente angolano. "Serão, na verdade, dois presentes", acabou por confessar o Chefe de Estado.

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