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Português tenta matar a mulher em hotel de Vigo e arrisca pena de prisão de 12 anos

MP pede que Carlos Pinto fique 10 anos com pulseira eletrónica após sair da prisão.

08 de março de 2019 às 09:08

Doze anos de cadeia, mais 10 anos de proibição de se aproximar da vítima depois de cumprida a pena de prisão - com controlo por pulseira eletrónica - e 15 mil euros de indemnização pelas lesões e sequelas físicas e psicológicas. É a pena que Carlos Inácio Pinto arrisca pela tentativa de homicídio da mulher, Eliza, num quarto de hotel, em Vigo (Espanha), a 2 de maio de 2016. A acusação, que o CM consultou, refere que o empresário, de 59 anos, agiu "com a intenção de acabar com a vida" de Eliza, de 29.

O casal mantinha uma relação há sete anos, tinha casado em setembro de 2015 e havia viajado para Vigo, num BMW 730, no dia anterior. Pelas 08h20, o arguido aproveitou o momento em que Eliza tomava banho e, quando ela estava agachada a pôr creme no corpo, deu-lhe um forte golpe no pescoço com um maço de calceteiro. Depois, indica a acusação, golpeou-a na cabeça "reiteradas vezes". Eliza caiu ao chão. Carlos Pinto colocou-se em cima dela, agarrou-a com força pelo pescoço, com as duas mãos, e bateu com a cabeça da mulher no chão.

Eliza sofreu um traumatismo cranioencefálico, diversos ferimentos e hematomas no corpo. Ficou com quatro cicatrizes na cabeça e outra no calcanhar, e sofre de stress pós-traumático.

O empresário está em prisão preventiva, em Espanha, desde maio de 2016. Veio a Portugal para ser julgado, em Santo Tirso, por fraude fiscal - sentença é terça-feira. Começa a ser julgado em Espanha pela tentativa de homicídio na quinta-feira.

PORMENORES

Sem confronto com vítima

O Ministério Público espanhol pediu que, em julgamento, seja evitado o confronto visual entre agressor e vítima. Eliza deve ser ouvida por videoconferência.

Já condenado em Viseu

Carlos Pinto já foi condenado, em Viseu, a 4 anos de prisão por fraude fiscal - dedução indevida de IVA no valor de 1,5 milhões.

Extradição foi travada

O Julgado de Violência sobre a Mulher de Vigo travou a extradição para julgamento de fraude em Portugal por estar em curso a fase de instrução em Espanha.

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