Docente assumiu ter envidado mensagens a três pessoas, justificando ter agido "por impulso, raiva e ódio".
A professora acusada de seis tentativas de extorsão admitiu esta terça-feira parcialmente os crimes, no início do julgamento, no Tribunal de Vila Real, justificando ter agido por impulso, raiva e vingança.
A arguida de 42 anos está acusada pelo Ministério Público (MP) de ser a autora de seis crimes de extorsão, na forma tentada, e de mandar mensagens por telemóvel a ameaçar expor as vítimas se não pagassem uma determinada quantia em dinheiro.
No início do julgamento, a professora admitiu parcialmente os crimes ao coletivo de juízes, assumindo ter mandado mensagens a três pessoas, uma mulher e dois homens.
A arguida justificou ter agido "por impulso, raiva e ódio", numa tentativa de vingança que ocorreu num período muito conturbado da sua vida, em que andava debaixo de muita pressão e "não soube distinguir o certo e o errado".
Disse ainda que, depois de ter sido detida pela Polícia Judiciária, pediu ajuda médica e que tem tido acompanhamento desde então, que se arrepende e que, se pudesse, "apagava tudo".
À vítima mulher, a arguida exigiu a entrega de cerca de cinco mil euros de modo a "evitar consequências para si e para o seu filho menor de idade".
De acordo com a acusação, a vítima ficou "em estado de pânico" e passou "a viver num clima de terror, receando pela sua vida e a do seu filho".
A um professor universitário, a arguida mandou mensagens a pedir cinco mil euros ou seria denunciado "por tentativa de aproximação a uma aluna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) com propósitos sexuais".
Quanto aos restantes três crimes de tentativas de extorsão, a arguida negou ter mandado as mensagens e considerou estar a ser vítima de vingança e de retaliação por parte dos alegados ofendidos.
A professora foi detida em abril de 2016 e, segundo a acusação, é suspeita de chantagear e ameaçar as vítimas, uma mulher e cinco homens, a troco de diferentes quantias de dinheiro.
Segundo o MP, a mulher conhecia as vítimas e as suas rotinas e usava essa informação nas mensagens que lhes enviava, de forma a intimidá-las.
Por exemplo, de acordo com o MP, a arguida mandou mensagens de "teor ofensivo" a um agente da PSP, acusando-o de se envolver com mulheres, algumas das quais menores de idade, através da rede social Facebook.
Terá tentado, segundo a acusação, extorquir-lhe três mil euros acusando-o de "assédio sexual de menores" e ameaçando destruir-lhe a profissão.
A outros homens mandou também mensagens a ameaçar expor as suas supostas "infidelidades" ou alegados "atos pedófilos".
Segundo o MP, a conta fornecida à vítimas para o pagamento era titulada por si e pelo seu ex-marido.
A acusação considera que a sua conduta "teve como único propósito conseguir que os ofendidos se convencessem da seriedade das ameaças que lhes fazia repetidamente" e que só não conseguiu concretizar devido à intervenção policial.
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