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Cristiano Ronaldo ouvido como vítima e testemunha no caso Football Leaks

Internacional português prestou declarações em junho no processo que investiga o pirata Rui Pinto.

06 de julho de 2019 às 10:04

Cristiano Ronaldo deslocou-se à sede da Polícia Judiciária, em Lisboa, no início de Junho, no âmbito da investigação ao hacker Rui Pinto. A audição como testemunha ocorreu, segundo o Diário de Notícias, aquando da presença do internacional português no País para disputar a fase final da Liga das Nações. O jogador deslocou-se do Porto a Lisboa para ser ouvido pela PJ. 

Rui Pinto está indiciado pela prática de quatro crimes: acesso ilegítimo, violação de segredo, ofensa à pessoa coletiva e extorsão na forma tentada. Foi o fundador da plataforma Football Leaks, que denunciou vários alegados crimes relacionados com o futebol.

O hacker é investigado em Portugal devido a um processo colocado pelo fundo de investimento Doyen Sports, mas Rui Pinto também será o responsável pela divulgação, entre outros documentos, do acordo celebrado entre Crisitano e Kathryn Mayorga: a norte-americana, que acusou o português de a ter violado, estava obrigada a manter-se em silêncio a troco de 325 mil euros. 

Além disso, foi a mesma plataforma que divulgou os problemas fiscais de vários futebolistas a atuar em Espanha e que "acabou" com o capitão da seleção portuguesa a pagar 18,8 milhões de euros ao Fisco espanhol, ficando ainda com uma pena suspensa de dois anos de prisão. 

Segundo a mesma fonte, a PJ tem também estado a ouvir outros lesados pelas investigações de Rui Pinto, como responsáveis do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna ou da divisão de investigação criminal da Polícia de Segurança Pública e, ainda, de escritórios de advogados estrangeiros e nacionais, incluindo a sociedade PLMJ, que defendeu o Benfica no caso e-Toupeira.

Como a SÁBADO avançou, em exclusivo, a 27 de junho, a Polícia Judiciária e o Ministério Público encontraram indícios de que o hacker entrou nos e-mails do antigo diretor do DCIAP, Amadeu Guerra, e da ex-procuradora geral distrital de Lisboa, Maria José Morgado, entre outros nomes, tornando-o suspeito de piratear o Estado português.

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