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Artigo exclusivo

Pai de Rosa Grilo arguido por ajudar a plantar bala na casa da viúva

Último ato processual aconteceu esta quarta-feira e o caso vai já seguir para acusação.

22 de outubro de 2020 às 01:30

Em causa está o disparo efetuado na banheira da casa onde morava o triatleta Luís Miguel Grilo e que terá sido feito para baralhar o processo. A descoberta feita pelo trio de arguidos aconteceu dias antes da sentença de Rosa - condenada pelo homicídio do marido a 25 anos de cadeia, pelo Tribunal de Loures e também pela Relação de Lisboa.

João de Sousa chamou a GNR e fez declarações públicas insinuando que as perícias da PJ tinham sido mal feitas. E que afinal a morte não teria ocorrido no quarto - onde tinham sido encontrados vestígios de sangue da vítima - mas sim na divisão que indiciava a presença do referido projétil.

A Judiciária admite que tudo não passou de uma insinuação. As fotografias do processo mostram que não havia qualquer sinal de disparo na banheira, na data do crime. Foi tudo feito posteriormente. 

Pormenores

Fotografias no processo

As fotografias da casa de banho não estavam no processo do homicídio. Mas o Laboratório de Polícia Científica tinha esses dados e já os juntou ao caso no qual agora se investiga a bala plantada.

Rosa tenta anular

Rosa Grilo está a tentar anular o julgamento e pede para que o processo volte à primeira instância. Esta seria a única forma da viúva de Luís Miguel Grilo ser libertada, por excesso de prazos de prisão preventiva.

Filho ainda com a tia

O filho de Rosa Grilo, que chegou a viver com o avô materno, está agora aos cuidados da tia paterna. Júlia Grilo toma conta do sobrinho, cuja custódia não está finalizada por o processo ainda não ter transitado em julgado.

O Supremo Tribunal de Justiça tem de apreciar o recurso, já admitido, de António Joaquim. O amante de Rosa foi absolvido na 1ª instância, mas condenado à pena máxima pela Relação de Lisboa. Rosa foi condenada pelas duas instâncias, sempre à pena máxima.

Supremo decide futuro de amante

Relação familiar salva Américo Pina e pode levar a arquivamento do processo

A relação familiar de Américo Pina - pai de Rosa Grilo - pode salvá-lo da acusação pública. Neste caso, a lei é clara e desresponsabiliza os familiares diretos.

Se Américo Pina assumisse que foi ele a plantar a prova, poderia mesmo salvar Tânia Reis e João de Sousa da acusação pública.

O arguido também não é obrigado a prestar declarações, precisamente pela sua qualidade processual. O facto de ter tentado proteger a filha - que arriscava 25 anos de cadeia - pode determinar o arquivamento no seu caso.

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