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Artigo exclusivo

Polícias e estivadores vendidos a redes de cocaína em Setúbal

Unidade Antitráfico de Droga da PJ detém mais quatro pessoas e identifica uma dezena.

28 de maio de 2021 às 01:30

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Nuno Fernandes é um dos polícias
Nuno Fernandes é um dos polícias
Agente Vítor Conceição
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PSP XXX
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A operação ‘Gancho’ levou a 21 buscas no Porto de Setúbal e nos domicílios dos suspeitos. Os detidos são dois ex-estivadores, que ainda têm contacto diário com os colegas, e dois camionistas. Outros quatro estivadores estão entre os arguidos. Fonte ligada à investigação, que durou mais de dois anos, disse ao CM que o grupo operava com contactos na Colômbia. A cocaína era sempre colocada dentro de contentores de bananas. No destino, o Porto de Setúbal, os estivadores comprados pela rede de traficantes encarregavam-se de, subtilmente, abrir os contentores e retirar a ‘carga legal de bananas’, que depois saía das instalações do Porto de Setúbal. Em dois anos, a UNCTE conseguiu intercetar três transportes de cocaína: em abril de 2019, e em janeiro e agosto de 2020. Foram apreendidas mais de duas toneladas de cocaína.

Esta quinta-feira, foi ainda apreendida prova de que os quatro detidos, e a mais de dezena de arguidos constituídos, continuavam com esta atividade criminosa, mesmo depois das intervenções da UNCTE. Além de vigilâncias e registos fotográficos, os investigadores apreenderam prova de ganhos monetários dos arguidos. Os quatro detidos são presentes, esta sexta-feira à tarde, ao Tribunal de Setúbal.

Polícias ainda não foram acusados

Nuno Fernandes e Vítor Conceição, agentes da PSP de Faro, foram os primeiros elementos de uma força de segurança a serem detidos pela PJ nesta investigação. Os dois, bem como os dois civis que os aliciaram para entrar no negócio, estão em prisão preventiva desde agosto de 2020. Ainda não há acusação do Ministério Público.

Tráfico de droga internacional

À semelhança dos quatro primeiros arguidos do processo, os quatro detidos da operação ‘Gancho’, ontem realizada pela Polícia Judiciária, enfrentam indiciações por crimes de tráfico internacional de droga.

Mantinham ligação diária com o porto

Dois dos detidos na operação de ontem, antigos estivadores, já não trabalhavam no Porto de Setúbal. No entanto, sabe o CM, continuavam a deslocar-se diariamente àquelas instalações.

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