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Artigo exclusivo

Dois jovens de Braga presos por violação. Vídeos gravados no quarto da pensão ajudam na defesa

Quatro portugueses indiciados por ataque sexual a duas jovens em Gijón. Portugueses dizem que sexo foi consentido.

27 de julho de 2021 às 01:30
Do bar para o hotel. Veja passo a passo o trajeto dos portugueses suspeitos de violar duas jovens em Gijón

PORMENORES

De férias no Norte

Os quatro portugueses estavam a passar férias no Norte de Espanha. Já tinham estado em Valladolid, Bilbau e Santander, antes de chegar a Gijón. Deveriam ter regressado a Braga no fim de semana.

Dois regressam a casa

Alberto e Diogo ficaram em prisão preventiva, que só será reavaliada dentro de alguns meses. João e Renato saíram em liberdade, mas sujeitos a apresentações à PSP ou GNR da área de residência, em Braga.

Centenas nas ruas contra violação

Centenas de espanhóis, principalmente mulheres, manifestaram-se ontem no centro de Gijón contra a violência sexual. O protesto teve como lema "se tocam numa, todas respondemos".

Quarto do crime alvo de longas perícias

O quarto da pensão onde as duas jovens alegam terem sido violadas foi alvo de perícias por parte das autoridades depois da denúncia na esquadra e da detenção dos suspeitos. Ao longo de várias horas, no sábado, elementos da polícia científica, devidamente equipados, analisaram e fotografaram toda a divisão, para recolher indícios que comprovem a prática do crime sexual e para tentar reconstituir o que aconteceu.

Acabar com distinção entre abuso e violação

O Conselho de Ministros de Espanha aprovou este mês um projeto de lei que visa acabar com a distinção entre abuso sexual e violação e determina que apenas um ‘sim’ explícito pode ser considerado como sinal de consentimento para uma relação sexual. A medida, que deverá ser votada no Parlamento até final do ano, clarifica que "apenas se entenderá que há consentimento quando for manifestado livremente mediante atos que, em atenção às circunstâncias do caso, expressem de forma clara a vontade da pessoa". Neste sentido, o "silêncio ou passividade" da vítima deixam de ser "sinónimos de consentimento". A alteração legislativa foi, em parte, motivada pelo caso da ‘Manada’, em que cinco homens que violaram uma jovem em Pamplona em 2016 foram inicialmente condenados pelo crime menor de abuso sexual por não ter existido violência ou ameaças.

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