Haverá "tolerância zero" para este tipo de casos, afirma.
Bispo do Funchal saúda decisão de ex-padre de se entregar à justiça
O bispo do Funchal saudou esta sexta-feira a decisão do ex-padre Anastácio Alves, acusado de abuso sexual de crianças e atos com adolescente, que se encontrava em paradeiro desconhecido, de se entregar à justiça para esclarecimento dos factos.
De acordo com uma nota divulgada no site do MP em janeiro deste ano, o ex-padre madeirense foi acusado, em março de 2022, de quatro crimes de abuso sexual de crianças e um crime de atos sexuais com adolescente, tendo sido realizadas diligências para o localizar, em França e Portugal, que "resultaram infrutíferas".
O jornal online Observador divulgou esta sexta-feira que o padre tentou na quinta-feira entregar-se na PGR em Lisboa, mas acabou por não ser recebido pela Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, nem notificado formalmente da acusação do Ministério Público. Anastácio Alves foi informado de que se deveria apresentar no Tribunal da Comarca da Madeira, sendo o que tem competência por ser a instância onde corre os termos do processo em que é acusado.
"A diocese do Funchal e eu próprio fomos informados agora pelos meios de comunicação que Anastácio se entregou às autoridades da Justiça", disse o bispo do Funchal, Nuno Brás, em declarações à SIC Notícias.
O prelado madeirense sublinhou que "Anastácio Alves já deixou o exercício do sacerdócio".
"Decidiu entregar-se. Só posso saudar a colaboração com a justiça que ele agora manifesta. E este ato dele que contribui para o esclarecimento dos factos", vincou.
Nuno Brás também "manifestou toda a solidariedade para com as eventuais vítimas" de Anastácio Alves.
O responsável da Igreja Católica madeirense mencionou que a transferência dos sacerdotes alvo deste tipo de queixa é uma "atitude prevista na legislação canónica e portuguesa, que significa a avaliação mínima da veracidade", envolvendo uma queixa ao Ministério Público.
Nuno Brás assegurou que, enquanto bispo do Funchal, haverá "tolerância zero" para este tipo de casos.
Em declarações à agência Lusa, o gabinete de comunicação da Diocese do Funchal considerou que Anastácio Alves "deve colaborar com a justiça e assumir todas as responsabilidades de acordo com a verdade".
O responsável do gabinete, Marcos Gonçalves, argumentou que "a fuga nunca deve ser solução", complementando que "a diocese não tinha qualquer conhecimento do seu paradeiro ou desta atitude de se apresentar".
"Mas a diocese acha bem que o faça e colabore com a justiça", mencionou.
Marcos Gonçalves confirmou que Anastácio Alves "em tempos enviou uma carta à Diocese a pedir a perda do estado clerical", tendo o Papa Francisco acedido ao pedido de dispensa das suas obrigações sacerdotais, "por decreto da congregação da doutrina da fé".
"Logo já deixou o sacerdócio há algum tempo", apontou.
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