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Execução de homem em Oeiras planeada a partir de França

Vítor Pereira foi assassinado a sangue-frio com disparos de metralhadora Kalashnikov, de fabrico russo.

19 de fevereiro de 2024 às 01:31
Execução de homem em Oeiras planeada a partir de França

O brutal homicídio de Vítor Barros Pereira, de 35 anos e nacionalidade cabo-verdiana, espancado e abatido a sangue-frio com disparos de metralhadora Kalashnikov, na madrugada de 10 de fevereiro, à porta do prédio onde residia no Bairro dos Navegadores, em Porto Salvo, Oeiras, pode ter sido ordenado e executado a partir de França.

Esta é, apurou o CM, a principal linha de trabalho da secção de homicídios da Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa, que investiga o caso. ‘Tamborro’, como era conhecida a vítima, tinha ligações não só a França, mas também ao Reino Unido. Ao que o CM apurou, Vítor Barros Pereira já tinha sido alvo de uma tentativa de homicídio em 2019 e chegou a estar entre a vida e a morte, num hospital de Nice, no Sul de França. Foi baleado na cabeça, com um disparo de pistola 9 mm (calibre de guerra), com perfuração junto à orelha esquerda.

Quase por milagre recuperou e voltou a Portugal. A PJ procura, agora, reconstruir a vida de ‘Tamborro’ depois dessa primeira tentativa de homicídio. O nosso jornal sabe que são, para já, conhecidas ligações a grupos organizados ligados ao tráfico de droga. Estes gangs estarão sediados no Sul de França.

Por isso, a ideia mais forte que norteia a investigação é a de que a ordem para abater Vítor Barros Pereira veio de Marselha. O cabo-verdiano criou ligações a grupos de tráfico que operam a partir dali e a PJ tenta sustentar a teoria de que o homicídio de ‘Tamborro’ foi planeado em França. De resto, a ‘guerra’ entre traficantes em Marselha está ao rubro, com o ano de 2023 a ficar marcado por 47 homicídios ligados ao tráfico.

Os três homens filmados a matar entraram em Portugal apenas com esse objetivo. ‘Tamborro’ começou por ser espancado brutalmente e depois atingido com cinco disparos de Kalashnikov, pelo menos. O crime foi filmado por um videoamador e as imagens mostram que um dos assassinos voltou atrás, por breves momentos, já após o crime. Suspeita-se que o terá feito para recuperar o telemóvel, que tinha deixado cair. O Mercedes usado na fuga, conduzido por um terceiro suspeito, viria a ser encontrado incendiado na Azinhaga do Barruncho, na fronteira entre os concelhos de Odivelas e de Loures.

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