Situações de intrusão tiveram lugar em áreas periféricas e não no interior dos espaços prisionais e que as intrusões foram detetadas pelos guardas "em tempo real".
Os Serviços Prisionais esclareceram esta terça-feira que comunicaram às autoridades os casos de intrusos detetados por guardas na cadeia de Alcoentre a entregar para o interior de uma camarata um saco com 30 telemóveis, drogas e bebidas alcoólicas.
Na segunda-feira, a agência Lusa noticiou que guardas prisionais detetaram durante a madrugada numa camarata da cadeia de Alcoentre, concelho da Azambuja, um saco com 30 telemóveis, drogas, bebidas alcoólicas e uma corda, alegadamente deixado por um intruso que penetrou no perímetro prisional, com base numa denúncia do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP).
A mesma fonte adiantou que no espaço de um ano foram detetados três incidentes idênticos com intrusos a penetrarem no espaço exterior da cadeia e a fazer passar para o interior telemóveis, carregadores, bebidas alcoólicas, facas e vaporizadores com a droga sintética designada K4 - que antigamente era feita entrar impregnada em folhas de livros ou de cartas, mas como foi detetada é agora introduzida através de pulverizadores com líquido.
Foi igualmente denunciado pelo sindicato que um dos portões principais teve a sua fechadura avariada durante cerca de três meses, numa cadeia inserida numa quinta com "fracas condições de segurança", de onde em julho passado se evadiram dois reclusos, entretanto recapturados.
Em resposta a uma série de perguntas relacionadas com alegadas faltas de segurança na cadeia de Alcoentre, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais confirmou as situações relatadas pelo sindicato e esclareceu que serão aplicadas infrações disciplinares na sequência dos processos abertos aos reclusos que alegadamente estejam envolvidos.
Informa igualmente que sempre que as ocorrências são suscetíveis de configurar crime são feitas as devidas participações aos órgãos de polícia criminal e judiciais competentes.
A DGRSP esclarece também que as duas situações de intrusão tiveram lugar em áreas periféricas e não no interior dos espaços prisionais e que as intrusões foram detetadas pelos guardas "em tempo real" e que os artigos ilegais foram aprendidos, inviabilizando a sua entrada no interior do estabelecimento, "bem como o facto de os dois reclusos que se evadiram terem sido recapturados poucas horas após a lamentável ocorrência".
No que respeita à avaria do portão, responde a DGRSP que se "tratava de um portão de redundância, ou seja, que antecedia um segundo portão que esteve sempre em funcionamento e que estes dois portões (o avariado e o que esteve sempre a trabalhar) davam acesso à quinta e não aos espaços de confinamento da população prisional".
Os Serviços Prisionais explicam que "a demora na reparação teve sobretudo a ver com a avaliação que foi feita sobre se se deveria substituir todo o sistema ou proceder à reparação do mecanismo avariado, tendo sido considerado optar pela segunda via".
Questionada pela Lusa sobre se o Ministério da Justiça teria sido informados sobre estes incidentes, a DGRSP respondeu reportou o caso à tutela.
A DGRSP refere ainda que o Estabelecimento Prisional de Alcoentre se destina ao cumprimento de penas de curta e média dimensão, em regime aberto e integrado numa quinta em que se desenvolvem, com mão-de-obra prisional, diversos trabalhos agro-pecuários, o que "coloca questões de segurança particulares" que a Direção Geral não partilha publicamente, nem sobre as medidas que adota para as solucionar e inviabilizar.
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