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6200 pedidos para hepatite C

Médicos garantem que pacientes têm acesso às terapêuticas.

27 de julho de 2015 às 08:50

Mais de 6200 pedidos de tratamento para a hepatite C foram feitos pelos hospitais públicos à Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) desde fevereiro, altura em que o Ministério da Saúde chegou a acordo com a indústria farmacêutica. Destes pedidos, 5870 tratamentos com terapêuticas inovadoras foram autorizados até dia 21 de julho. Os restantes ainda estão na fase de avaliação. Amanhã assinala-se o Dia Mundial das Hepatites.

Entre 30 a 40 por cento dos doentes hepáticos são considerados casos urgentes, devido ao rápido agravamento da doença. "Esses doentes têm prioridade no acesso aos tratamentos e alguns já terão evoluído para cirrose", afirma ao CM Helena Cortez Pinto, gastrenterologista do Hospital de Santa Maria. A médica sublinha que o acesso aos tratamentos está a ser feito "sem restrições".

Segundo a especialista, os doentes com cirrose também recebem os inovadores, apesar desses medicamentos (como o sofosbuvir e o ledipasvir) tratarem a infeção causada pelo vírus e não a própria cirrose. "Há doentes que fazem os tratamentos e precisam de um transplante de fígado. Nesses casos, a infeção é tratada antes de o doente receber o órgão novo para não ser contaminado. Mas também há casos em que os doentes fazem o tratamento depois do transplante, depende de cada caso clínico", explica a especialista. O Hospital de Santa Maria conta com cerca de 600 doentes hepáticos e estarão em tratamento perto de 250 doentes. No País estima-se que existam 13 mil doentes.

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