A edição de hoje
Padrasto trocava silêncio das menores por suspensão dos castigos.
Tem 33 anos, é técnico de informática e morava em Leça da Palmeira, Matosinhos. Abusou durante seis anos das filhas da companheira, duas meninas gémeas, hoje com 14 anos. Já tinha sido denunciado, há cerca de quatro anos, quando moravam todos em Inglaterra, mas, nessa altura, conseguiu escapar à polícia. Desta vez, teve menos sorte: ficou em prisão preventiva.
Os abusos foram denunciados pela mãe das menores. Estranhou o comportamento do homem que sistematicamente suspendia os castigos que ela aplicava. Falou com as filhas e estas contaram-lhe que eram vítimas de abusos. Desde os nove anos.
Quando os quatro moravam em Inglaterra, para onde foram em 2007, as crianças já eram vítimas de ataques sexuais. Uma delas, na altura, ainda contou o seu sofrimento a uma amiga. Esta denunciou o caso a uma professora, mas a polícia não conseguiu fazer prova. As meninas desmentiram os abusos sexuais.
O agressor foi entretanto preso pela Polícia Judiciária do Porto e, ontem, foi ouvido por um juiz de instrução crimina do Porto. Viu ser-lhe aplicada a mais gravosa medida de coação – a prisão preventiva. O depoimento das crianças foi considerado credível pelas autoridades.
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