A edição de hoje
Arguido sofre de problemas psicológicos e "existe forte probabilidade de vir a praticar ilícitos da mesma natureza", lê-se numa nota do Ministério Público.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) deduziu acusação contra o homem que, a 28 de março do ano passado, matou duas mulheres, a golpes de arma branca, no Centro Ismaili, em Lisboa, sendo travado apenas com um tiro da PSP numa perna. O homem, de nacionalidade afegã, responderá por dois crimes de homicídio agravado, seis crimes de homicídio agravado na forma tentada, dois crimes de resistência e coação sobre funcionário e um crime de detenção de arma proibida.
"O arguido padecia, à altura dos factos e, ainda, padece de anomalia psíquica, desde logo um quadro psiquiátrico de esquizofrenia e de uma perturbação da personalidade mista, designadamente perturbação de personalidade narcisista e perturbação de personalidade antissocial, pelo que foi requerida a declaração da inimputabilidade. Existe uma elevada probabilidade de o arguido vir a praticar outros ilícitos típicos da mesma natureza, pelo que o DCIAP requereu, também, a aplicação judicial de medida de segurança de internamento", refere uma nota do Ministério Público.
O inquérito foi dirigido pelo DCIAP, com a coadjuvação da Polícia Judiciária – Unidade de Contra Terrorismo. O arguido encontra-se sujeito à medida de coação de internamento preventivo em hospital psiquiátrico.
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