Mãe do adolescente diz que o filho andava estranho.
Ainda não fez um mês que Filipe Costa, de 14 anos, foi brutalmente assassinado à pancada em Salvaterra de Magos. Uma morte inexplicável para a mãe da vítima, Rita Costa, que tenta refazer mentalmente os últimos dias do filho com vida. De uma coisa tem a certeza. Algo estava a preocupar Filipe, que foi agredido até à morte com uma barra de ferro.
"Havia qualquer coisa que preocupava a mente do Filipe dias antes de ser morto", diz a mulher, de 32 anos, em declarações ao CM. "Uns dias antes de o meu filho Filipe ter sido morto, senti que ele estava estranho, com um olhar evasivo", desabafa a mãe do jovem.
Rita Costa conta que todos os dias se atormenta com dúvidas do que estaria realmente a preocupar o filho. E recupera um telefonema que a inquieta: "Dois dias antes do crime, o meu filho enviou, à hora de almoço, um pedido de amizade pelo Facebook ao Daniel. Três horas depois fez-me um telefonema. Estava com uma conversa estranha, queria saber onde eu estava e se estava bem."
Conta ainda que desvalorizou o comportamento do filho, acreditando que este era causado por um desentendimento com a namorada: "Os dois faziam um casal muito giro, mas estavam sempre com aqueles desentendimentos de miúdos. Só agora ligando tudo vejo que algo de mais sério se passava. Penso muito nisso, sobretudo nos porquês."
Rita sabe que a amizade entre Filipe e o homicida, Daniel Neves, que está em prisão preventiva, era recente. "Sei que houve uma pessoa que os apresentou e que desde esse dia o Filipe estava estranho."
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Leia na íntegra a carta que o homicida escreveu ao Correio da Manhã.
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