Preparação para ambiente operacional "virado a Leste", afirmou o general Mendes Ferrão. 14 chegaram ao fim, todos praças.
1 / 3
Apenas 14 militares chegaram ao fim do último curso de Comandos, que encerrou no domingo, no Quartel da Carregueira, Sintra, dia em que foi celebrado o 63.º aniversário desta unidade de elite do Exército. São todos praças. Pelo caminho, nas 14 semanas que durou o 143.º curso, iniciado em março, ficaram 40 militares: 3 oficiais; 13 sargentos; e 24 praças. Uma taxa de aproveitamento de 25,9% que atesta a dificuldade da instrução. "São 14, queríamos mais. Temos vindo adaptar o curso às novas realidades, mas não baixamos a exigência", assegurou o chefe do Exército, general Eduardo Mendes Ferrão.
O general anunciou, no seu discurso aos militares na parada e às centenas de ex-Comandos e famílias que assistiam - entre eles o antigo Presidente da República general Ramalho Eanes -, que o País "precisa de uma geração de Comandos capaz de responder às solicitações de um mundo em constante transformação" em que as missões "devem ser adequadas aos desafios e às demandas dos tempos". "Hoje, enfrentamos uma realidade em que o emprego da Força Militar exige inteligência, adaptabilidade e uma atitude de constante evolução", destacou.
E assumiu ser a sua obrigação, no chamado dever de tutela, ter os Comandos "preparados, treinados e devidamente equipados". É que "conflitos de alta intensidade e as operações convencionais, algumas em larga escala, são uma realidade, que muito pensavam já ultrapassada".
"É para um ambiente operacional, virado a Leste – onde o combate terrestre é o vetor decisivo, com um amplo espetro de atuação e níveis de intensidade e com características muito diferentes das que temos no continente africano – que o Exército Português, à imagem dos exércitos aliados, se está a preparar", afirmou. Essa adaptação deve ser "com rapidez". Os Comandos deverão assim receber novas especializações, logo já nos cursos, e novos equipamentos, que "estão a ser trabalhados" com a tutela.
Aos Comandos na parada, o general Mendes Ferrão pediu ainda que sejam "inovadores (…), progressivos (...) e integradores (...)".
Na sua intervenção, o comandante do Regimento de Comandos, coronel Duarte Varino, destacou a forma "distinta" como a 16.ª Força Nacional Destacada na República Centro-Africana, que regressou a Portugal há poucas semanas, cumpriu a missão. E sobre o número de militares que chegaram ao fim do curso, afirmou: "Podem ser poucos, mas certamente são os melhores. Não tiveram qualquer favor ou ajuda".
Disse que se trata de um curso "exigente", mas que "não há impossíveis para quem quer ser mesmo o melhor".
Militar da Madeira foi o primeiro classificado
O cabo-adjunto José Ferreira, de 30 anos, foi o primeiro classificado do 143.º curso de Comandos - e por isso o primeiro a quem, na parada, foi feita a pergunta: "Queres ser Comando?". À qual respondeu em brado: "Quero!"; recebendo o crachá e a boina vermelha e mandado cumprir o seu dever. De Câmara de Lobos, é também o primeiro elemento do Quadro Permanente de Praças do Exército a conseguir concluir o curso. "Queria muito chegar ao fim", disse ao CM no final da cerimónia. Contou terem sido "muitas as dificuldades" durante o curso: "só estes 14 é que sabem!", confidenciou. Mas destacou as "saudades de casa, as muitas horas de sono perdidas e o muito cansaço acumulado". Desde 2015 no Exército, José Ferreira espera agora "ir em missão".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.