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Arquiteto encaixa mais de sete milhões com estádio de Braga

Estádio Municipal já custou 150 milhões de euros aos cofres da autarquia, mas fatura não está fechada.

19 de julho de 2018 às 08:42

As contas do Estádio Municipal de Braga não param de aumentar.

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Decidido em 2001, o então presidente da autarquia Mesquita Machado optou por um projeto arrojado, da autoria do gabinete de Souto de Moura que, com os trabalhos a mais sobre o desenho inicial e as guerras em tribunal a contestar contas, quase duplicou o pagamento: tinha um valor fixo a receber de 3,75 milhões euros pela obra que já lhe valeu diversos prémios e distinções em todo o Mundo.

Mas há dias o tribunal deu razão ao consórcio e condenou a autarquia a pagar mais 2,5 milhões, acrescidos de juros. O valor roça os sete milhões.

Para a Câmara Municipal de Braga - dona do estádio que só o Sporting Clube de Braga utiliza para jogos de futebol e pelo qual paga uma renda mensal de 550 euros- a derrapagem é colossal: a fatura já vai em 150 milhões de euros, mas arrisca agravar-se até aos 170 milhões, fruto de dois processos em tribunal com recursos pendentes.

Conhecido por ‘estádio da pedreira’, devido à sua localização, o espaço foi inaugurado em 2003.

"Se surgir um comprador, o estádio é vendido no minuto seguinte", diz Ricardo Rio, atual presidente da Câmara de Braga, a quem "caiu no colo" o equipamento que se resume a um relvado e duas bancadas. "Não se pode tirar qualquer contrapartida em termos imobiliários e comerciais. Não foi pensado para isso", lamenta o autarca.

O CM tentou contactar o arquiteto Eduardo Souto de Moura, através dos seus escritórios, sem sucesso.

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