Conheça os doze emigrantes que morreram na estrada de Moulins.
Chegam na madrugada de quarta-feira a Portugal os corpos dos 12 emigrantes portugueses na Suíça que morreram num acidente de viação em França. Conheça as histórias de vida destas famílias, marcadas pela tragédia.
Jorge Pinto Aires Cardoso
Angelina Silva, 27 anos,
Marta Cardoso,7 anos
Espadanedo, Cinfães
Angelina era acólita na igreja de Espadanedo, em Cinfães. O casal estava a recuperar uma casa na freguesia e vinham frequentemente a Portugal, sobretudo no Natal e no Verão. Estavam na Suíça há seis anos, país para onde o casal partiu pouco depois do casamento. Marta, de sete anos, vivia com os pais na Suíça. A família era muito estimada na freguesia natal.
José Lino Diogo, 54 anos
Amélia Santos, 53 anos
João Santos, 62 anos
Arnas, Sernancelhe
O casal José (em cima na foto) e Amélia vinha passar a Páscoa a Portugal. Viviam na Suíça há vários anos. Amélia e o irmão, João vinham também celebrar os 90 anos da mãe. Os dois irmãos eram os dois últimos filhos vivos da mãe, que vive num lar. O terceiro irmão morreu há cerca de um ano. João tinha casa da aldeia de Palhais, a 10 quilómetros da aldeia natal de ambos - Arnas, no concelho de Sernancelhe. Os três trabalhavam na mesma fábrica, na Suíça. José e Amélia estavam emigrados há cerca de 20 anos e tinham dois filhos. Há apenas um mês, viram nascer o primeiro neto.
Sérgio Costa
Travanca, Cinfães
35 anos
Tinha em Portugal a mulher e o filho de três anos e dizia aos amigos que queria regressar de vez em breve. Costuma viajar nestas carrinhas porque ficava mais barato. A mulher trabalha num lar de da freguesia vizinha de Souselo, onde o casal também tem família.
Manuel Pinho
Fajões, Oliveira de Azeméis
48 anos
Partiu para a Suíça há seis anos, para trabalhar na construção civil. Deixou em Portugal a mulher, Maria da Conceição e as duas filhas (de 14 e 21 anos) a quem enviava dinheiro todos os meses. Manuel vivia sozinho na Suíça. Foi para o país depois de se ver no desemprego em Portugal. Era passageiro habitual das carrinhas que fazem o transporte entre a Suíça e Portugal.
José Luís Silva
Fajões, Oliveira de Azeméis
55 anos
Amigo de Manuel Pinho e de Adriano Sousa, estava a construir uma casa em Fajões. Vivia na Suíça com a mulher e um filho, há cerca de sete anos. Habitualmente vinha a Portugal de avião, mas desta vez veio com os amigos na carrinha, porque só soube que tinha folgas para gozar na Páscoa muito em cima da hora. Na Suíça, trabalhava na construção civil e era especializado na colocação de soalhos de madeira. Sempre que vinha a Portugal, trabalhava arduamente na casa que estava a fazer na sua aldeia, que estava quase pronta.
Escariz, Arouca
52 anos
Viajava com os amigos Manuel e Adriano e vinha passar a Páscoa com a mulher e as duas filhas, de 14 e 23 anos, ambas estudantes. Trabalhava na construção civil na Suíça há várias anos, depois de ter deixado a família no lugar do Viso, freguesia de Escariz. A mulher é operária têxtil numa fábrica em Vér (Escariz).
Luís Miguel Lopes
Fornos, Castelo de Paiva
38 anos
Esperavam-no em Castelo de Paiva a mulher e a filha de sete anos. Membro de uma família de emigrantes, tinha encontrado emprego na Suíça, no setor da construção civil. Estava emigrado há cerca de dois anos.
Inês Francisco
Pombal
17 anos
Era suposto ter vindo de avião da Suíça para passar as férias da Páscoa com a família em Vicentes, no concelho de Pombal. Mas o cartão do cidadão caducado fê-la apanhar antes a carrinha, transporte que nunca tinha usado. Inês vivia com os pais em Friburgo, na Suíça e vinha muitas vezes a Portugal, onde a esperavam a tia, Evelina, e a filha desta, Liliana, muito amiga da prima Inês. "Agora vou ter de ser feliz por ela e realizar os nossos sonhos", disse Liliana à CMTV.
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