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Bombeiros profissionais pedem ao Governo criação de carreira nas associações humanitárias

Nas associações humanitárias que gerem corporações de voluntários há quadros profissionais que prestam um serviço permanente e não têm um enquadramento legal único, explicou Fernando Curto.

08 de setembro de 2025 às 21:24

O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) defendeu esta segunda-feira junto do Governo a criação de uma carreira de bombeiro profissional nas associações humanitárias, a par do reforço de uma força nacional de combate.

Nas associações humanitárias que gerem corporações de voluntários há quadros profissionais que prestam um serviço permanente e não têm um enquadramento legal único, explicou Fernando Curto à Lusa, no final de uma reunião hoje à tarde com o secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha.

"A ideia aqui é criar uma regulamentação única de bombeiros profissionais no nosso país e criar todo um suporte de socorro" com "as mesmas condições e as mesmas responsabilidades", adiantou Fernando Curto.

No seu entender, "ficou bem evidente nestes últimos incêndios florestais que, de facto, a vertente profissional é, sem dúvida uma das soluções" para os problemas da proteção civil em Portugal.

"O nosso projeto é no sentido de uniformizar a carreira dos bombeiros profissionais das associações humanitárias, criar toda uma carreira que permita uma situação sustentada de progressão, com postos e responsabilidades como têm os sapadores de bombeiros", que estão nas esferas das autarquias, disse.

Fernando Curto acrescentou que "os bombeiros profissionais têm de estar numa estrutura hierarquizada" que responda às necessidades do país.

O dirigente salientou que defendeu junto do Governo o reforço dos meios da força especial da proteção civil da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

"Propusemos também ao senhor Secretário de Estado que é preciso ser criada uma Força Especial de Bombeiros com um mínimo de mil homens para prestar socorro, para poder intervir e para que o país tenha mais uma força de manobra especializada para ajudar nos incêndios florestais", precisou.

Além disso, a ANBP pediu ao governante que apoie as autarquias locais a investirem em bombeiros sapadores próprios.

"Isso tem de ser uma realidade para elevarmos a proteção civil a outro nível. As autarquias passarão a ter sapadores bombeiros que combatem fogos no verão e fazem prevenção e ajudam no ordenamento durante o inverno", explicou ainda Fernando Curto.

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