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Bombeiros têm pela frente noite de "muito trabalho" no Algarve

Não houve mais feridos a registar, além dos nove ligeiros reportados no 'briefing' realizado pela Proteção Civil durante a manhã.

22 de setembro de 2025 às 20:17

Os bombeiros terão uma noite de "muito trabalho" no combate ao incêndio que deflagrou no domingo em Aljezur, no Algarve, e que contava hoje à tarde com uma frente ativa no concelho de Lagos, disse fonte da Proteção Civil.

"O incêndio ainda tem uma frente ativa, que tem uma área muito grande - todo o perímetro do incêndio é ampla -- e há pontos quentes que merecem atenção. Houve várias reativações ao longo da tarde em todo o perímetro, que obrigaram a fazer um balanceamento de meios e uma resposta imediata do dispositivo", afirmou à agência Lusa fonte do Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve.

Depois de durante o dia terem contado com o apoio de nove meios aéreos, ao final da tarde o dispositivo de combate estava a "fazer um reposicionamento de meios" e a abrir acessos com máquinas de rasto para procurar aproveitar, durante a noite, as condições meteorológicas mais favoráveis.

"Esperamos que o vento comece na diminuir e a humidade a aumentar e está agora a ser redefinida a estratégia para fazer o combate durante a noite", adiantou.

Ainda segundo a fonte, não houve mais feridos a registar, além dos nove ligeiros reportados no 'briefing' realizado pela Proteção Civil durante a manhã.

O incêndio também não afetou mais casas, além de uma segunda habitação que foi atingida e previamente contabilizada, no concelho de Aljezur, apesar das projeções a grande distância que se verificaram durante a tarde e que obrigaram o dispositivo a adaptar-se para evitar que as chamas progredissem ainda mais, destacou a fonte da Proteção Civil.

"O vento tem sido o grande obstáculo, porque está muito forte e provoca projeções a grande distância", reconheceu.

De acordo com a fonte da Proteção Civil, está "previsto um desagravamento" da intensidade do vento "uma humidade crescente" durante a noite e as equipas de combate querem aproveitar esta "janela de oportunidade" para controlar o fogo o mais rapidamente possível.

"Há zonas em que o acesso é difícil e é preciso abrir caminhos com as máquinas para os meios depois fazerem o combate direto", disse, antecipando uma "noite de muito trabalho" para os bombeiros.

A área afetada é composta por mato, mas há também zonas de pinhal, de eucaliptal e sobreiros, caracterizou previamente o segundo comandante da Proteção Civil do Algarve, Abel Gomes, frisando que a zona de mato foi mais atingida na parte inicial do incêndio.

De manhã, a Proteção Civil indicou que o incêndio estava dominado em 70%, mantendo-se uma linha de fogo "preocupante" com cerca de oito quilómetros.

O segundo comandante da Proteção Civil do Algarve, Abel Gomes, explicou, na ocasião, que nos cerca de 30% que restavam do fogo, havia "pontos preocupantes".

De acordo com a informação disponível na página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 19:40 combatiam as chamas 541 operacionais, apoiados por 196 viaturas.

O alerta para o incêndio foi dado pelas 15:20 de domingo, na localidade da Bordeira, concelho de Aljezur, distrito de Faro.

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