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‘Buraco’ de 4,4 milhões trama administradores

João Vieira Pinto também é alvo da investigação.

09 de março de 2016 às 05:22

São 4, 4 milhões de euros de défice, da agora extinta empresa municipal Gaianima, o alvo da investigação da Polícia Judiciária do Porto e que podem levar a que o antigo futebolista e ex-administrador da empresa de Gaia, João Vieira Pinto, seja constituído arguido e alvo de buscas. Também os ex-administradores da empresa, Angelino Ferreira (antigo administrador da SAD do FC Porto) e Ricardo Almeida, deputado do PSD, devem ser alvo de investigações nos próximos dias.

Os três antigos dirigentes da empresa ainda não foram alvo de buscas, mas essa poderá ser a segunda fase da investigação da PJ. Na primeira fase da investigação, que surgiu após a auditoria externa à Gaianima, no final de 2014, foram realizadas mais de 20 buscas a diversas empresas, que tiveram contratos de ajustes diretos com a empresa municipal. Entre essas empresas está a Desporto Vivo, organizadora do evento 24h Karting, e que tem ligações a Pedro Menezes, um dos filhos do ex-presidente da Câmara Municipal de Gaia, Luís Filipe Menezes, e que está agora a ser investigado.

A investigação da PJ centra-se no crime de gestão danosa e nas buscas de ontem foram apreendidos milhares de documentos nas empresas visadas. A documentação vai agora ser analisada pela PJ.

Filho de Menezes investigado

Pedro Menezes é o filho do meio de Luís Filipe Menezes. Nunca teve qualquer cargo político, mas está na mira da investigação devido a um contrato entre a empresa Desporto Vivo e a Gaianima.

A Desporto Vivo tem como proprietário Pedro Alves, que ao Correio da Manhã garantiu que não tem qualquer relação de negócios com o filho de Luís Filipe Menezes. Ainda assim, várias fontes confirmaram ao CM que Pedro Menezes era um dos sócios de Pedro Alves e que participou ativamente nas negociações que levaram a que a Desporto Vivo tenha sido encarregue de organizar o evento 24 horas Karting em Gaia.

"Estou pronto para responder a tudo"

Ricardo Almeida, antigo administrador da Gaianima, garantiu que todos os contratos que assinou estão acessíveis e legais. "Não fui confrontado com a investigação, mas estou pronto para responder a tudo", disse ao CM

PJ também fez buscas na Gaiurb

Os inspetores da PJ fizeram também buscas na empresa municipal Gaiurb para recolher documentação informática ligada à Gaianima, uma vez que alguns responsáveis financeiros da Gaianima estão agora na Gaiurb.

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